Resposta imunológica

Intervalo maior entre doses da Pfizer é benéfico, aponta estudo

A decisão de atrasar a aplicação completa do imunizante partiu do Reino Unido como estratégia para ampliar a vacinação e, assim, garantir a 1ª dose para o maior número de pessoas possível.

Intervalo maior entre doses da Pfizer é benéfico, aponta estudo

A indicação da bula é de que a vacina deve ser aplicada com um intervalo de 3 semanas entre as doses. — Foto:Reprodução

Aumentar o período de intervalo entre as doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 garantiu uma resposta imunológica maior em pessoas com mais de 80 anos, segundo um estudo publicado na plataforma medRxiv. 

A pesquisa, que ainda não passou pela revisão de outros cientistas, foi realizada por pesquisadores do Instituto de Imunologia e Imunoterapia da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, que acompanharam 172 idosos com mais de 80 anos que receberam a segunda dose do imunizante cerca de 12 semanas após a primeira aplicação. 

A indicação da bula é de que a vacina deve ser aplicada com um intervalo de 3 semanas entre as doses, período que foi cumprido durante os estudos de segurança e eficácia do imunizante.

A decisão de atrasar a aplicação completa do imunizante da Pfizer partiu do Reino Unido como estratégia para ampliar a vacinação no país e, assim, garantir a primeira dose para o maior número de pessoas possível.

“As respostas máximas de anticorpos após a segunda vacina são marcadamente aumentadas em pessoas mais velhas quando isso é retardado para 12 semanas, embora as respostas celulares sejam mais baixas”, apontaram os pesquisadores no estudo.

Além disso, a pesquisa também indica que “a vacinação com intervalo estendido pode, portanto, oferecer o potencial para aumentar e estender a imunidade humoral”, mas que o acompanhamento adicional é necessário para avaliar a imunidade a longo prazo e a proteção clínica das pessoas que receberam a segunda dose em um espaço de tempo maior.

No Brasil, o Ministério da Saúde também determinou que o intervalo de 12 semanas seja considerado em relação à aplicação do imunizante da Pfizer.

“Com uma dose, tem-se um percentual de imunização interessante. Nesse momento, a quantidade de doses não é suficiente para imunizar toda a população, achou-se interessante imunizar com a primeira dose um número maior de pessoas. É algo momentâneo até termos uma quantidade de doses para imunizar toda a população”, disse o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cruz, em audiência no Senado na última segunda-feira (17).

Outro estudo publicado na revista científica The Lancet mostrou que a vacina da Pfizer tem 70% de eficácia após 21 dias da aplicação da primeira dose. Além disso, com a aplicação completa, o imunizante oferece uma proteção de 95% contra o coronavírus.

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