Ex-ministro

Irmão de Weintraub entra na mira da CPI da Covid por suposto envolvimento em ‘ministério paralelo’ da Saúde

Às margens da pasta oficial, o grupo teria aconselhado o governo, sobretudo o presidente Jair Bolsonaro, no combate à pandemia.

Irmão de Weintraub entra na mira da CPI da Covid por suposto envolvimento em 'ministério paralelo’ da Saúde

Ex-assessor da Presidência da República, Arthur Weintraub, é convocado para depor à CPI da Covid, no Senado. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA — O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou requerimento neste domingo para convocar o ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub para depor à CPI da Covid, no Senado. Se aprovado, a comissão irá investigar a suposta participação dele no comando do “ministério paralelo” da Saúde. Às margens da pasta oficial, o grupo teria aconselhado o governo, sobretudo o presidente Jair Bolsonaro, no combate à pandemia, segundo reportagem do portal Metrópoles.

Entre medidas defendidas, está a adoção do tratamento precoce, com medicamentos de ineficácia comprovada contra a Covid-19. Discurso e lives mostram que o advogado, irmão mais novo do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, trabalhou ao lado dos médicos Luciano Azevedo, Nise Yamaguchi — que chegou a ser cotada para ministra da Saúde — e Paulo Zanotto, defensores da cloroquina.

Outro requerimento para convocação do advogado foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). “Pedi a convocação do ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, para esclarecer a sua atuação na estrutura extraoficial de assessoramento no combate à pandemia. As orientações deste grupo foram contrárias ao consenso técnico global e causaram prováveis prejuízos à saúde pública”, escreveu em rede social.

Além de Arthur Weintraub, Costa também protocolou pedido para ouvir Luana Araújo, que chefiava a recém-criada Secretaria de Enfrentamento à Covid-19 até o último sábado. A médica, que comparou a hidroxicloroquina a um “neocurandeirismo”, como mostrou O GLOBO, deixou o cargo no Ministério da Saúde dez dias depois de ser anunciada. A saída, que não foi justificada pela pasta ou pela própria infectologista, teria sido motivada por pressões do governo no enfrentamento à pandemia, que não teriam sido aceitas por ela. 

“O Ministério da Saúde informa que a médica infectologista Luana Araújo, anunciada para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, não exercerá a função. A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas. A pasta agradece à profissional pelos serviços prestados e deseja sucesso na sua trajetória”, diz a nota da pasta.

Conhecido como G7, o grupo de sete senadores independentes e da oposição que integra a CPI da Covid — Omar Aziz, Renan Calheiros, Tasso Jereissati, Randolfe Rodrigues, Otto Alencar, Humberto Costa e Eduardo Braga — se reuniu neste domingo para avaliar estratégias na condução desses depoimentos. Presidente da comissão, Aziz anunciou que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pode ser reconvocado em face das revelações e acusações suscitadas durante os depoimentos.

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