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Lula chama Bolsonaro de ‘frouxo’ e diz a produtores rurais que ‘nunca vai pedir PIX e anistia’

Lula deu as declarações a uma plateia de produtores rurais durante o lançamento do Plano Safra 2025-2026, que prevê financiamentos, com melhores taxas, de até R$ 516 bilhões para agricultores de médio e grande porte.

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Presidente Lula - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta terça-feira (1º) críticas ao antecessor, Jair Bolsonaro (PL), e afirmou que nunca solicitará PIX a apoiadores e que jamais vai pedir “anistia” antes mesmo de uma condenação pela justiça.

O presidente deu as declarações a uma plateia de produtores rurais durante o lançamento do Plano Safra 2025-2026, que prevê financiamentos, com melhores taxas, de até R$ 516 bilhões para agricultores de médio e grande porte.

Sem citar o ex-presidente, Lula afirmou que “quem é frouxo não deveria fazer bobagem” para não ter que precisar de doações e anistia aos crimes cometidos.

“Quero que provem que já teve um presidente mais decente com vocês [produtores rurais] do que este governo. Nunca vou pedir para vocês fazerem PIX para mim. Guardem o dinheiro para pagar os funcionários. Não quero PIX e jamais vou pedir anistia antes de ser condenado. Quem é frouxo não deveria fazer bobagem”, declarou o petista durante evento no Palácio do Planalto.

Nos últimos anos, apoiadores de Jair Bolsonaro fizeram uma vaquinha, com doações via PIX, para arrecadar recursos para que o ex-presidente pagasse multas por condenações judiciais.

Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem participado de manifestações que pedem anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Uma medida como essa, segundo especialistas, poderia beneficiar o ex-presidente que é réu, no Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe.

Nas eleições de 2022, Bolsonaro recebeu mais votos do que Lula nas cidades com maior presença do agronegócio. Diante disso, o petista tem buscado aproximação com produtores rurais, para reverter o quadro, de olho em 2026.

Defesa de Haddad

No discurso, Lula voltou a defender o ministro Fernando Haddad (Fazenda), que é alvo de críticas da oposição e de agentes do mercado por conta da política fiscal que tem implementado a fim de elevar a arrecadação federal.

“Poucos países do mundo têm um ministro com a seriedade que o Haddad tem. Eu vi a quantidade de bravatas que o Paulo Guedes [antecessor de Haddad] fazia. Ninguém cobrava responsabilidade fiscal, porque ninguém cobrava o teto de gastos”, disse.

Lula também destacou programas do governo, como a proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o projeto que prevê pagamentos a estudantes que permanecerem na escola, o Pé-de-Meia.

E disse aos produtores rurais que pretende finalizar, enquanto estiver na presidência do Mercosul, o acordo do bloco com a União Europeia.

Por g1 política

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