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Mais de 111 mil alunos do ensino fundamental voltam às aulas em Manaus

governo informou que os estudantes, dos anos iniciais e finais, precisarão seguir protocolos de segurança contra a Covid-19 e estudar com o ensino híbrido.

Mais de 111 mil alunos do ensino fundamental voltam às aulas em Manaus

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM) pretendia autorizar as aulas presenciais do ensino fundamental no dia 24 de agosto, mas adiou o retorno por necessidade de testagem de profissionais da educação. — Foto:Reprodução

Mais de 111 mil alunos do ensino fundamental da rede estadual de ensino voltam às aulas em Manaus, nesta quarta-feira (30). O governo informou que os estudantes, dos anos iniciais e finais, precisarão seguir protocolos de segurança contra a Covid-19 e estudar com o ensino híbrido (online e presencial).

O Amazonas foi o primeiro estado do País a reabrir escolas da capital em meio à pandemia. Cerca de 60 mil estudantes da rede privada voltaram às escolas no dia 6 de julho, e cerca de 110 mil alunos do ensino médio da rede estadual retornaram no dia 10 de agosto.

Apesar da flexibilização na educação, o governo voltou a fechar bares, praias e balneários no estado por conta de aumento no número de casos e internações da Covid-19. Até esta segunda (28), mais de 4 mil pessoas morreram no estado por causa da doença.

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM) pretendia autorizar as aulas presenciais do ensino fundamental no dia 24 de agosto, mas adiou o retorno por necessidade de testagem de profissionais da educação. Até o dia 21 deste mês, dos mais de 8 mil testes realizados, mais 2,5 mil testaram positivo.

Conforme o governo, nesta quarta, estudantes de 107 escolas da rede estadual de Manaus voltam para as aulas presenciais. Antes, eles realizavam os estudos apenas de forma remota, por meio do programa ‘Aula em Casa’.

Procedimentos de segurança
Os procedimentos de segurança são os mesmos adotados do retorno do ensino médio. Ao chegarem nas escolas, todos os estudantes deverão estar usando máscaras de pano, devidamente postas sobre o rosto, cobrindo a boca e o nariz. O governo informou que eles devem receber duas unidade do item.

Ainda na entrada da escola, os alunos terão suas temperaturas corporais aferidas, e os que registrarem acima de 37,5º C serão encaminhados por um funcionário para aplicação do protocolo de segurança – que consiste em isolar o estudante dos demais e acionar os pais ou responsáveis. Os que apresentarem abaixo de 37,5º C serão liberados para a próxima etapa, a higienização correta das mãos.

Para isso, eles utilizarão pias e dispositivos de álcool gel e sabão, instalados pela secretaria. Após esse procedimento, então, os alunos deverão prosseguir para a sala de aula, respeitando o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os colegas.

Durante o intervalo, os estudantes devem higienizar as mãos, novamente, com água e sabão ou aplicar álcool em gel e pegar seu alimento. As mesas devem ser ocupadas somente nos assentos sinalizados.

A máscara usada antes do lanche deve ser guardada em um saco plástico, e a outra será usada quando a merenda acabar e o aluno ou aluna voltar para a sala de aula.

Covid-19 volta a preocupar o Amazonas
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que Manaus vive uma segunda onda de casos da Covid-19. O epidemiologista e autor do estudo, Jesem Orellana, propõe a adoção de lockdown para conter a circulação do vírus.

Dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas apontam para um aumento de 12% no número de casos de Covid-19 na comparação entre as últimas duas semanas de setembro em Manaus. O governo já havia apontado aumento de casos em hospitais privados de Manaus.

Conforme o governo, o aumento é registrado na comparação entre as Semanas Epidemiológicas 38 (entre os dias 14 e 18 de setembro) e 39 (entre 21 e 25 de setembro). Apesar do aumento na capital, a FVS-AM registra estabilidade de número de casos de Covid-19 em todo o estado.

Na segunda (29), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, também propôs ao governador que seja decretado lockdown na capital por período mínimo de duas semanas.

O prefeito de Manaus citou o aumento na demanda por sepultamentos. Dados da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), gestora dos cemitérios públicos de Manaus, mostram que durante o mês de agosto foram 77 mortes por Covid-19, de 867 sepultamentos e cremações realizadas; enquanto até o dia 27 deste mês de setembro já são 81, de 795 registros.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, descartou, em vídeo divulgado nas redes sociais nesta terça-feira (29), a possibilidade de um lockdown – bloqueio total de circulação de pessoas – em Manaus em razão da pandemia do novo coronavírus. Segundo Wilson, a pandemia “ainda preocupa, mas o cenário atual não se compara ao quadro dos meses de abril e maio”, quando o estado viveu o pico da doença.

O Amazonas viveu a primeira onda de Covid-19 entre os meses de abril e maio, quando o sistema público de saúde da capital entrou em colapso. Na época, o número de mortes em Manaus ficou mais de 100% acima da média histórica.

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