O empresário Marcos Tolentino, previsto para depor nesta quarta-feira (01) na CPI da Pandemia, informou aos senadores que está internado após ter passado mal ao dirigir-se a Brasília na noite de terça-feira (31).
Com isso, segundo confirmado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) ao analista Gustavo Uribe, da CNN, a comissão irá ouvir o motoboy Ivanildo Gonçalves, que trabalha para a VTCLog e era originalmente esperado na CPI no dia de ontem.
Segundo Tolentino, ele ainda sofre “de severas sequelas decorrentes de grave acoometimento da Covid-19” e, por isso, iria depor com o acompanhamento de um médico e enfermeiro.
No entanto, o empresário teria sofrido um “grave mal estar” na noite de terça-feira e foi parar no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde permaneceu internado desde então.
A defesa de Tolentino anexou as cópias dos tickets das passagens aéreas para Brasília, assim como os documentos do hospital, que comprovariam sua condição de saúde.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, escreveu sobre a mudança nas redes sociais. “Marcos Tolentino, que viria hoje à CPI, foi internado sob alegação de sequelas da covid-19. Dessa forma, a CPI receberá daqui a pouco o motoboy da VTCLog, Ivanildo Gonçalves”.
A previsão é que a sessão comece às 10h30 (horário de Brasília).
Calendário indefinido
Mudanças de última marcaram os dois últimos dias da CPI da Pandemia, incluindo a presença do motoboy Ivanildo. Isso porque ele conseguiu, por meio de uma decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma autorização para não comparecer ao Senado caso não desejasse.
A decisão foi criticada por senadores na sessão de ontem da CPI, que limitou-se a votar novos requerimentos – incluindo a reconvocação do motoboy – e mostrar provas que mostrariam Ivanildo realizando o pagamento de boletos de Roberto Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde.
O papel do motoboy da VTCLog, uma empresa de logística que presta serviços à pasta da Saúde, chamou primeiramente a atenção dos senadores da CPI porque ele foi o responsável por sacar cerca de R$ 4,8 milhões em espécie a pedido da empresa.
Já Marcos Tolentino seria questionado principalmente sobre suspeitas que o colocam como “sócio oculto” da FIB Bank, a empresa fiadora da Precisa Medicamentos no contrato das doses da Covaxin.