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‘Não sou coveiro, tá?’, diz Bolsonaro ao responder sobre mortos por coronavírus

Até esta segunda-feira, o Brasil registrava 2.575 mortes e 40.581 casos confirmados de pessoas contaminadas pelo coronavírus.

'Não sou coveiro, tá?', diz Bolsonaro ao responder sobre mortos por coronavírus

"Ô, cara, quem fala de... Eu não sou coveiro, tá certo?", declarou o presidente. — Foto:Reprodução

Ao responder nesta segunda-feira (20) à pergunta de um jornalista sobre o número de mortes por coronavírus no país, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não é “coveiro”.

Bolsonaro deu a declaração no final da tarde, na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, enquanto conversava com jornalistas e apoiadores.

Segundo o Ministério da Saúde, até esta segunda-feira, o Brasil registrava 2.575 mortes e 40.581 casos confirmados de pessoas contaminadas pelo coronavírus.

“Presidente, hoje tivemos mais de 300 mortes [são 113; depois de divulgar, o Ministério da Saúde corrigiu]. Quantas mortes o senhor acha que…”, perguntava um jornalista quando Bolsonaro o interrompeu.

“Ô, cara, quem fala de… Eu não sou coveiro, tá certo?”, declarou o presidente.

O repórter, então, tentou fazer novamente a pergunta.

“Não sou coveiro, tá?”, repetiu o presidente da República.

Pela manhã, ao sair do Palácio da Alvorada, ao fazer um comentário sobre a epidemia, Bolsonaro disse que 70% da população será contaminada e “não adiante querer correr disso”.

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“Aproximadamente 70% da população vai ser infectada. Não adianta querer correr disso. É uma verdade. Estão com medo da verdade?”, afirmou.

Segundo ele, “houve uma potencialização das consequências do vírus”.

“Levaram o pavor para o público, histeria. E não é verdade. Estamos vendo que não é verdade. Lamentamos as mortes, e é a vida. Vai morrer”, afirmou.

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No último dia 29, após voltar de um passeio por Brasília, Bolsonaro repetiu o argumento de que todos vão “morrer um dia” e disse que para se enfrentar o vírus é necessário agir “como homem”.

“Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia.”

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