Brasil

Não vou decretar lockdown e meu Exército não vai obrigar o povo a ficar em casa, diz Bolsonaro

"Parece que está voltando a onda, o lockdown. Se coloque no lugar do chefe de família que não tem o que levar para casa", disse Bolsonaro aos apoiadores.

Não vou decretar lockdown e meu Exército não vai obrigar o povo a ficar em casa, diz Bolsonaro

Aos apoiadores, Bolsonaro também ironizou manifesto de religiosos e intelectuais que assinam a "carta aberta à humanidade" denunciando ao mundo o que se passa no Brasil. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (8) que não usará o que chamou de “meu Exército” para executar lockdowns ou outras medidas restritivas pelo país para frear o avanço da Covid-19.

“Vou só dar um recado aqui: alguns querem que eu decrete lockdown. Não vou decretar. E pode ter certeza de uma coisa: o meu Exército não vai para a rua para obrigar o povo a ficar em casa. O meu Exército, que é o Exército de vocês. Então, fiquem tranquilos no tocante a isso daí”, disse Bolsonaro ao interagir com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada.

A conversa foi registrada e divulgada por um canal simpático ao presidente.

Bolsonaro tem feito reiterados ataques a medidas restritivas e aos governadores, que, por sua vez, têm aumentado a pressão sobre o presidente diante da ineficiência do governo federal no combate à pandemia.

“Parece que está voltando a onda, o lockdown. Se coloque no lugar do chefe de família que não tem o que levar para casa”, disse Bolsonaro aos apoiadores.

Mais cedo, em suas redes sociais, o presidente publicou um vídeo em que um homem é abordado e discute com policiais militares que o abordaram para que cumprisse decreto de restrição de circulação em um município que não é identificado na postagem.

Aos apoiadores, Bolsonaro também ironizou manifesto de religiosos e intelectuais que assinam a “carta aberta à humanidade” denunciando ao mundo o que se passa no Brasil.

“O Brasil é uma câmara de gás a céu aberto. É preciso que grupos, instituições e entidades se manifestem pela vida, contra um genocídio que atinge nosso povo”, disse o padre Júlio Lancellotti, 72, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, um dos que subscrevem o texto.

“Tem um grupo da elite brasileira, de esquerda, me denunciando na ONU, Tribunal Penal Internacional, como genocida, dizendo que o Brasil é uma câmara de gás. Um total desrespeito para com os judeus. Não sabem o que que é isso. Agora, eu pergunto: quem é que obrigou o pessoal a ficar em casa, destruiu milhões de empregos?”, disse Bolsonaro.

COMPARTILHE

Bombando em Brasil

1

Brasil

VÍDEO: mulher ri para câmera após matar idosos e ferir padre a tiro em confraternização; assista

2

Brasil

Hospitais do SUS vão garantir salas exclusivas para atender mulheres vítimas de violência

3

Brasil

Governo propõe zerar impostos de 18 itens da cesta básica; confira lista

4

Brasil

Fome atingiu 3,2 milhões de lares brasileiros em 2023, diz IBGE

5

Brasil

Servidor do Tribunal de Justiça é preso em João Pessoa acusado de corrupção