
Se não fosse o porteiro Manoel Anésio, que chamou a polícia, após ver as imagens da agressão contra uma mulher dentro de um elevador em um prédio em Natal, a jovem Juliana Garcia dos Santos Soares talvez não estivesse viva. Ela foi agredida pelo namorado, o jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, com 61 socos no rosto.
À imprensa, o porteiro disse que “nunca tinha visto esse tipo de coisa” e concluiu “eu acho que qualquer um que estivesse aqui no meu lugar…faria a mesma coisa [chamar a polícia]. Na nossa empresa a gente é treinado pra isso, tem esse tipo de experiência”, explicou à Inter TV Cabugi, na última sexta-feira (1).
Segundo Anésio, ele viu uma movimentação dentro do elevador, mas só percebeu que Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, estava embaixo quando ela se levantou. “Deu pra ver a cara ensanguentada. Aí abriu o elevador e ela saiu.”
Agressor em cela com outros presos
De acordo com a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), Igor, preso em flagrante no último sábado, 26, logo depois de agredir Juliana no elevador de um condomínio de alto padrão em Natal (RN), foi transferido para uma unidade prisional do Sistema Penal do Rio Grande do Norte. Ele está preso de maneira preventiva e a defesa diz que ele está à disposição das autoridades.
O preso saiu do Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, espécie de porta de entrada do sistema penitenciário para a Cadeia Pública Dinorá Sinas, em Ceará-Mirim, na Grande Natal.
“O interno foi alocado em ala de segurança adequada, de forma a preservar a integridade física dos custodiados e garantir a estabilidade operacional da unidade”, disse a Seap em nota.
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