Rio de Janeiro

OAB identifica 15 mortos em massacre no Jacarezinho e o mais jovem tinha 18 anos

Massacre na Favela do Jacarezinho deixou 25 pessoas mortas e é considerada a mais letal da História do Rio.

OAB identifica 15 mortos em massacre no Jacarezinho e o mais jovem tinha 18 anos

Familiares foram ao IML reconhecer os corpos das vítimas do massacre no Rio de Janeiro. — Foto:Fabiano Rocha/Agência O Globo

RIO – A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhava na manhã desta sexta-feira (6) a liberação dos corpos das vítimas do massacre na Favela do Jacarezinho que deixou 25 pessoas mortas, considerada a mais letal da História do Rio. 

A comissão divulgou uma lista com os nomes das 15 primeiras vítimas identificadas. Entre eles, um jovem de 18 anos e outro de 19. Todos eram homens, e dez deles tinham entre 18 e 30 anos. A Polícia Civil, no entanto, ainda não informou o nome dos mortos e não tinha começado a fazer as autópsias até as 11h desta sexta-feira.

Veja quem são as vítimas identificadas pela OAB:

Raí Barreto de Araujo, 19 anos
Romulo Oliveira Lucio, 20 anos
Mauricio Ferreira da Silva, 27 anos
Jhonatan araujo da Silva, 18 anos
John Jefferson Mendes Rufino da Silva, 30 anos
Wagner Luis de Magalhaes Fagundes, 38 anos
Richard Gabriel da Silva Ferreira, 23 anos
Marcio da Silva, 43 anos
Francisco Fabio Dias Araujo Chaves, 25 anos
Toni da Conceição, 30 anos
Isaac Pinheiro de Oliveira, 22 anos
Cleiton da Silva de Freitas Lima, 27 anos
Marcio Manoel da Silva, 31 anos
Jorge Jonas do Carmo, 31 anos
Carlos Ivan Avelino da Costa Júnior, 32 anos
Além desss nomes, a família de Natan Oliveira de Almeida, de 21 anos, também o identificou como uma das vítimas da operação.

MP acompanha perícia

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) disse nesta sexta-feira que acompanha a perícia nos corpos das pessoas mortas durante a operação. Segundo o órgão, um médico perito do MP teve acesso integral às dependências do Instituto Médico Legal (IML), onde chegaram os corpos na manhã desta sexta.

O perito vai acompanhar todo o trabalho no IML e registrar, com fotos, o que for do interesse da investigação independente do MPRJ. Essa apuração está sendo conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.

‘Foi um banho de sangue’, diz representante da OAB

Patrícia Félix, um das representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB, disse que a instituição vai cobrar uma perícia independente em relação àss mortes dos 24 homens. Além disso, o órgão quer saber se os seis presos da ação foram torturados. Félix também afirmou que a OAB vai acompanhar os trâmites para a liberação dos corpos.

— A pobreza não pode ser criminalizada. Na Zona Sul, isso não acontece. As famílias têm reclamado do tratamento após a morte. Independentemente de (alguém) ser bandido, não tem que ter pena de morte. As famílias falam que muitos deles se entregaram e foram assasinados. Uma operação com 25 mortos não é de sucesso — ressalta a representante.

A comissão está recebendo vários materiais, como o relato de parentes de mortos e vídeos. A OAB pretende ainda recorrer a organizações internacionais contra o estado do Rio.

— O que conseguimos ver foram relatos de moradores que estão abalados pela polícia ter entrado e matado as pessoas dentro das casas. Foi um banho de sangue. Os corpos foram levados para o hospital sem vida.

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