Lava Jato

Perícia da PF conclui que não houve edição nas gravações feitas pelo dono da JBS com Temer

Laudo será entregue ao Supremo Tribunal Federal na próxima semana

Perícia da PF conclui que não houve edição nas gravações feitas pelo dono da JBS com Temer

Laudo da Polícia Federal concluiu que não houve edição nas gravações feitas pelo dono da JBS Joesley Batista. Segundo os peritos, há cerca de 200 interrupções no áudio em que Joesley aparece falando com o presidente Michel Temer, mas que elas estão relacionadas ao equipamento usado pelo empresário.

O laudo só será entregue pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana. O material ainda será anexado à parte do inquérito que permanece na PF. Quando o delegado concluir a segunda parte da investigação, que trata do crime de obstrução à justiça, o material será remetido ao STF.

Na conversa, Batista fala sobre a compra de um procurador da República, a manipulação de dois juízes federais e o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro. O suborno sistemático seria uma forma de impedir que os dois fizessem acordo de delação.

Batista diz ainda que, com o ex-ministro Geddel Vieira Lima fora de circulação, precisaria de um novo interlocutor. Temer indica o ex-assessor Rocha Loures. Batista pergunta, então, se poderia tratar de “tudo” com Loures. “Tudo” responde Temer.

Munido da gravação e outros documentos, Batista fez um acordo de delação premiada para delatar Temer e Loures, entre outros políticos. Depois da conversa de Temer com Batista, Loures entrou em cena, tratou de decisões e cargos estratégicos com o empresário e, não demorou muito, acabou sendo filmado correndo pelas ruas de São Paulo com uma mala com R$ 500 mil recebida de Ricardo Saud, operador da propina da JBS.

A propina seria a primeira parcela de um suborno que, ao longo de 25 anos, ultrapassaria a casa dos R$ 600 milhões. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Saud disse que o dinheiro seria para Temer. Interrogado pela Polícia Federal, Batista reafirmou que o dinheiro seria para o grupo de Temer. A perícia é importante, mas não chega a ser considerada essencial pela Procuradoria-Geral da República. Para os investigadores, outras provas já seriam suficientes para oferecer denúncia contra Temer e Loures.

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