A Polícia Federal vai passar a usar o banco de dados de impressões digitais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para suas investigações e a emissão de passaportes. O convênio que permitirá o compartilhamento de dados foi assinado nesta quinta-feira pelo novo diretor-geral, Fernando Segóvia, e o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.
“O TSE auxiliará a Polícia Federal na identificação de pessoas fornecendo acesso a seus bancos de dados, ou até pesquisa em fragmentos de dados biométricos ou de fotografias e dados cadastrais. Isso facilitará bastante as investigações. A utilização do banco de dados do TSE como fonte de pesquisa auxilia na resolução de crimes e na consequente redução da impunidade no país”, afirmou Segóvia.
Ele destacou que uma das utilidades do banco de dados pode ser o de rastrear pessoas procuradas pela polícia e que tenham feito o cadastramento biométrico da Justiça Eleitoral.
A emissão de passaportes é, porém, a face mais visível do compartilhamento. Quem tiver feito o cadastramento não precisará novamente deixar sua digital quando for fazer o documento na Polícia Federal. A expectativa é que isso reduza em 60% o tempo de atendimento.
De acordo com o TSE, já são 68 milhões de eleitores cadastrados com biometria, 46,4% do eleitorado. Gilmar Mendes estima que até 2022 todos os eleitores estejam cadastrados. Ele destacou que a medida combate fraudes, como a possibilidade de mesários votarem por eleitores.