Brasil

Primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebe alta e deixa hospital em São Paulo

Anderson Ribeiro, de 41 anos, foi contaminado durante viagem à Europa e estava isolado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde 6 de junho.

Primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebe alta e deixa hospital em São Paulo

Paciente do 1º caso confirmado de varíola dos macacos no país tem alta de hospital em SP. — Foto:Arquivo pessoal

O primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebeu alta médica e deixou o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira (20), depois de 14 dias de isolamento.

Anderson Ribeiro tem 41 anos e é gerente de Produtos e Projetos de Recursos Humanos em uma empresa na capital paulista.

“Estou me sentido muito bem. Farei, futuramente, um retorno de acompanhamento.”
Ele teve os primeiros sintomas da doença no final de maio, quando retornou ao Brasil após uma viagem à Europa. Anderson e a mãe tinham viajado para Portugal e Espanha.

O diagnóstico de Anderson foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz em 9 de junho.

Atualmente, o Brasil registra oito casos confirmados da doença, sendo que quatro estão no estado de São Paulo.

Anderson faz uma selfie com a equipe que o atendeu no Emílio Ribas — Foto: Arquivo Pessoal

“Minha viagem foi por um motivo tão lindo, que era levar minha mãe para conhecer a Europa e comemorar o aniversário dela lá. Ela amou”, relata.

A mãe dele está bem, sendo monitorada, assim como todas as pessoas que tiveram contato com o paciente.

“As pessoas com quem eu tive contato não tiveram o vírus e isso é maravilhoso. Meu isolamento protegeu muitas pessoas. Isso é importante.”

Anderson contou que todas as feridas já cicatrizaram.

“O tempo era necessário para as feridas secarem, e quando a gente se cuida e toma as atitudes corretas frente a uma doença contagiosa, esse autocuidado protege os outros. Ficar isolado não é bom, mas foi necessário e isso me ajudou a passar esses dias.”

Ele disse que, agora, só quer ver a mãe, os gatos e os amigos.

“Estou cheio de saudades da minha mãe e dos meus amigos. Mesmo falando por videochamada todos os dias, nada substitui um abraço.”

Anderson disse também que vai voltar ao trabalho. “Voltar à minha rotina de trabalho e projetos que ficaram parados. Tive muito tempo para pensar e perceber como a correria do dia a dia faz a gente esquecer de coisas importantes. Mudanças na rotina acontecerão com certeza”, concluiu.

Mundo

A OMS disse que a varíola dos macacos traz um “risco moderado” para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.

“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, disse a OMS.

A organização diz que não há recomendação de uso de vacina da varíola para casos de varíola dos macacos.

Sintomas e transmissão

Imagem de microscópio mostra vírus causador da varíola do macaco — Foto: Cynthia S. Goldsmith, Russell Regner/CDC via AP

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

“O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

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