Policiais militares começaram a retomar o patrulhamento nas ruas do Espírito Santo no fim da tarde deste sábado (11), após um ultimato do Comando Geral da Polícia do Espírito Santo. Eles receberam a informação de que deveriam realizar o policiamento a pé e seguir direto de suas residências, já que na frente dos batalhões ainda ocorrem protestos de familiares, bloqueando a entrada e saída de viaturas.
Na noite dessa sexta-feira, o governo do estado convocou uma coletiva para anunciar que tinha fechado um acordo para o retorno dos PMs ao trabalho às 7h deste sábado. As mulheres que organizam os protestos não foram convocadas para a reunião e por isso, alegaram que a mobilização na porta dos batalhões continuaria.
A paralisação da Polícia Militar no estado já dura oito dias. Durante esta semana, uma onda de violência tomou conta do Espírito Santo e 138 mortes foram registradas até o momento.
Tropas permanecerão no estado
Para ajudar na segurança, o governo federal negociou no início da semana o envio de agentes da Força Nacional e das Forças Armadas.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), afirmou neste sábado (11), que as tropas permanecerão no Espírito Santo “o tempo que for necessário”. Ele disse que o número total de soldados e agentes no estado já somam 3.130 homens, número suficiente para garantir o policiamento nas ruas.
“Hoje podemos dizer que temos um policiamento maior do que em dias normais”, afirmou o ministro. O patrulhamento é feito com o auxílio de 180 veículos, sete blindados e três helicópteros.
Ainda de acordo com Jungmann, por decisão da associação comercial o comércio de Vitória deverá reabrir normalmente no Centro da cidade a partir de segunda-feira (13). O policiamento será reforçado próximo a escolas e unidades de saúde. O transporte coletivo já está funcionando, mas com frota reduzida.
Solução Pacífica
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o procurador Rodrigo Janot esteve em Vitória neste sábado para reunião com membros do Ministério Público Federal, Ministério Público do Espírito Santo e representantes dos governos federal e estadual para discutir soluções da greve.
Em nota, a PGR afirmou que estuda a possibilidade de federalização de crimes como motim. Janot defendeu que as instituições estão se mobilizando para restaurar a ordem e falou que acredita em uma solução pacífica para o momento que o estado enfrenta, “acredito que podemos ter uma solução pacífica para o caso e que instituições demonstraram hoje que são capazes de dar essa resposta à sociedade”.
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