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Professores recém-nomeados para cargos públicos do DF são presos durante operação da Polícia Civil

Professores recém-nomeados são investigados no DF suspeitos de terem comprado a aprovação em concursos

Professores recém-nomeados para cargos públicos do DF são presos durante operação da Polícia Civil

Professores recém-nomeados são suspeitos de fraudar concurso no Distrito Federal — Foto:TV Globo/Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (28), foram presas pela Polícia Civil durante a terceira fase da Operação Panoptes, intitulada Magister, que investiga a chamada “máfia dos concursos”, seis pessoas recém-nomeadas para cargos públicos no Distrito Federal, suspeitas de terem comprado a aprovação em concursos.

Outras cinco pessoas são alvos de prisão temporária, valendo por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. No total, dos 11 pedidos de prisão, seis foram expedidos a professores. A operação cumpre, ainda, 12 mandados de busca a apreensão.

Quem conduz as investigações é a Coordenação de Repressão ao Crime Organização (Cecor), o grupo criminoso cobrava cerca de 20 vezes o valor do salário que os “candidatos” ganhariam como professores, por exemplo.

Hélio Ortiz, seria o líder do esquema, preso preventivamente na primeira fase da Panoptes, ao lado de Antônio Alves Filho e de Ricardo Silva do Nascimento. Este último, era funcionário da banca examinadora Cebraspe (antigo Cespe) e, segundo a polícia, responsável por identificar as provas marcadas e preencher os gabaritos.

A Polícia Civil informou que as investigações vão continuar e que, “no decorrer de 2018, irá prender candidatos que fraudaram pelo menos 12 concursos no Distrito Federal”

As investigações começaram em maio de 2017 a partir de denúncias de que fraudes estavam sendo cometidas no concurso do Corpo de Bombeiros do DF. Na época, a Polícia Civil identificou duas pessoas que tentaram burlar o exame.Meses depois, os investigadores concluíram que as tentativas de fraude ocorreram em praticamente todos os concursos recentes e de anos anteriores – inclusive enquanto a operação já estava em curso.

Um exemplo é concurso da Câmara Legislativa, que seria realizado em dezembro do ano passado. O grupo também tentou burlar o exame da Terracap para cinco candidatos, mas nenhum deles conseguiu a vaga, segundo o diretor financeiro do órgão, Renato Brown.

Segundo a Polícia Civil, qualquer pessoa podia contratar os serviços do grupo criminoso. Caso a vaga fosse para nível superior e o candidato não tivesse graduação, a quadrilha também forjava o diploma.

Foram identificadas quatro modalidades de falsificação. Em uma delas, o candidato usava um ponto eletrônico (espécie de fone de ouvido) para receber instruções sobre o gabarito.

Em outra, o candidato deixava aparelhos celulares em pontos diferentes do local de prova, como o banheiro, para consultar as respostas. Os agentes identificaram, ainda, o uso de identidades falsas para que uma pessoa se passasse por outra.

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