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‘PSL se torna cada vez mais uma linha auxiliar do PSDB’, afirma bolsonarista Gil Diniz

A ação ocorre um mês depois de o PSL comunicar a Assembleia sobre a suspensão de Gil e de Douglas do partido, feita em fevereiro, mas que não havia sido colocada em prática até agora.

'PSL se torna cada vez mais uma linha auxiliar do PSDB', afirma bolsonarista Gil Diniz

"O PSL traiu os meus 214.037 eleitores e se tona cada vez mais uma linha auxiliar do PSDB no estado de São Paulo", afirma Gil em nota enviada à reportagem. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — O deputado estadual Gil Diniz afirma ter sido suspenso das atividades partidárias do PSL e de comissões na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) em retaliação ao seu alinhamento político junto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A determinação, que também atingiu o deputado Douglas Garcia, foi publicada no Diário Oficial nesta terça (30).

“O PSL traiu os meus 214.037 eleitores e se tona cada vez mais uma linha auxiliar do PSDB no estado de São Paulo”, afirma Gil em nota enviada à reportagem.

A ação ocorre um mês depois de o PSL comunicar a Assembleia sobre a suspensão de Gil e de Douglas do partido, feita em fevereiro, mas que não havia sido colocada em prática até agora.

“A suspensão se fundamenta, simplesmente, em publicações em nossas redes sociais apoiando a proposta do presidente Bolsonaro de criação de uma nova legenda partidária. Ocorre que este motivo apresentado para a suspensão não está previsto como delito ético pelo Estatuto e Código de Ética do PSL”, diz.

Com a decisão do presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB-SP), os deputados estão oficialmente afastados de funções de liderança ou vice-liderança, além de impedidos de orientar a bancada em nome do partido e de participar da escolha do líder do PSL.

Os parlamentares ainda foram removidos da composição das Comissões Permanentes e Temporárias da Casa, bem como do Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares.

O mandato de Gil Diniz recorrerá da decisão. Segundo o parlamentar, uma ação já está em andamento na 1ª Vara Cível de Brasília.

“Confiamos em um desfecho positivo ao nosso pedido, pois o processo administrativo conduzido pelo PSL é totalmente viciado, repleto de pontos questionáveis e não possui fundamentação jurídica e nem mesmo amparo no estatuto do partido”, diz.

Leia, abaixo, a íntegra da nota enviada por Gil Diniz:

“Fui suspenso das atividades partidárias na Assembleia Legislativa de São Paulo, em clara retaliação ao meu alinhamento político junto ao presidente Jair Bolsonaro.

Na prática a suspensão representa a interdição da minha atuação parlamentar nas comissões da Alesp, como as que sou Titular: Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, Direitos Humanos e Finanças e Orçamento.

É importante notar também que suspensão das atividades é aceita na data de início dos trabalhos da CPI da Fake News e discussão sobre o futuro do DETRAN-SP, é o momento em que intensificamos o trabalho de fiscalização dos contratos emergenciais e compras realizados pelo governo João Doria no período de quarentena.

Por muito tempo o PSL ameaçou tomar tais medidas contra o nosso mandato, e também do deputado Douglas Garcia, em razão da nossa lealdade para com o presidente, mas a decisão vem no momento em que ambos estamos engajados em trazer à luz fatos questionáveis do governo Doria nesta pandemia.

A suspensão se fundamenta, simplesmente, em publicações em nossas redes sociais apoiando a proposta do presidente Bolsonaro de criação de uma nova legenda partidária. Ocorre que este motivo apresentado para a suspensão não está previsto como delito ético pelo Estatuto e Código de Ética do PSL.

Do ponto de vista jurídico, o nosso mandato tomará todas as ações cabíveis contra essa suspensão, incluindo uma Ação Anulatória com liminar junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ/DF).

A ação já está em andamento na 1° Vara Cível de Brasília, e confiamos em um desfecho positivo ao nosso pedido, pois o processo administrativo conduzido pelo PSL é totalmente viciado, repleto de pontos questionáveis e não possui fundamentação jurídica e nem mesmo amparo no estatuto do partido.

O PSL traiu os meus 214.037 eleitores e se tona cada vez mais uma linha auxiliar do PSDB no estado de São Paulo.”

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