Economia

Sem petróleo na Margem Equatorial, Brasil perde R$ 3 trilhões em arrecadação, diz ministério em documento

MME estima que produção cai para menos da metade, na próxima década, se novas áreas não forem exploradas.

Sem petróleo na Margem Equatorial, Brasil perde R$ 3 trilhões em arrecadação, diz ministério em documento

Sem novas frentes de exploração petrolífera, o Brasil deixará de arrecadar quase R$ 3 trilhões em participações governamentais — impostos e royalties — no período entre 2032 e 2055. A estimativa consta de documento, preparado em julho pelo Ministério de Minas e Energia, intitulado “Ações do MME sobre Questões Ambientais para a Segurança Energética”.

Conforme projeções da pasta, a produção brasileira de petróleo vai atingir um pico de 5,3 milhões de barris/dia em 2030. A partir daí, sem novas frentes, a produção cairia para 2,5 milhões de barris/dia em 2040. Em 2052, chegaria a apenas 700 mil. Para que esse cenário não ocorra, o documento cita fronteiras exploratórias em diversas bacias, como a Potiguar e de Pelotas.

O destaque, no entanto, é a Margem Equatorial — região em que nenhum poço foi perfurado até agora, por razões ambientais, em dez anos de contrato. As áreas foram licitadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2013.

Ambientalistas criticaram nesta terça-feira (24) o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na abertura da Assembleia-Geral da ONU, por ter ressaltado ações contra as mudanças climáticas, mas sem mencionar o desejo do governo brasileiro de explorar petróleo na Margem Equatorial — o que consideram uma contradição.

No documento formulado pelo Ministério de Minas e Energia, há sugestões de iniciativas para lidar com as questões ambientais envolvendo novas áreas de petróleo: um arcabouço legal para o licenciamento prévio da perfuração de poços; estudos de “caracterização regional” reconhecidos pelo Ibama; elaboração de um manual de boas práticas de licenciamento ambiental; e aprimoramentos da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS).

O pedido do Ibama para realização de AAAS — um estudo mais aprofundado de toda a Margem Equatorial — é um dos pontos que têm travado a licença para a perfuração de um poço pioneiro da Petrobras na Bacia da Foz do Amazonas.

CNN

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