
Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. Foto: ClickPB
O pesquisador Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras no período de 2005 a 2012, criticou a Operação Lava-Jato considerando que o episódio não passou de uma ação política. Em entrevista a Clilson Júnior, do ClickPB, a Lava-Jato “foi muito mais uma ação política do que, de fato, uma investigação que procurasse identificar os culpados”.
No 20 minutos com Clilson Júnior, Sérgio Gabrielli ainda analisa que a Lava-Jato “não chegou a quebrar a Petrobras, quebrou a engenharia brasileira, destruiu as empresas de engenharia brasileira”. Ele reforça que “a Petrobras é muito grande, muito forte para se acabar”.
De acordo com Sérgio Gabrielli, foi espalhado um mito de que a Petrobras quebrou, mas ele refuta a tese e considera que a empresa “enfrentou uma crise, uma tempestade perfeita. O preço do petróleo caiu, o dólar subiu, a imagem dela ficou prejudicada, não podia se financiar. Ela passou por um período difícil, mas não chegou a ser ameaçada de quebrar”. O pesquisador lamenta que “várias empresas da engenharia brasileira, centenárias, acabaram sendo destruídas”.
Para o ex-presidente da Petrobras, o combate à corrupção deve ser um caso tratado pela polícia. “A gente tem que fazer uma investigação e um julgamento específico identificando os corruptos para puni-los. Quando você transforma a questão da corrupção numa questão de política, e não de polícia, você transforma isso e você inviabiliza inclusive a luta contra a corrupção. Foi o que aconteceu com a Lava-Jato, que hoje está desmoralizada”, critica Sérgio Gabrielli.
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