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Servidores do INSS marcam protesto para sexta-feira

O principal ponto do protesto é a possível contratação de 7.000 militares, permitida pelo decreto 10.210/2020, que vem sendo chamada de "militarização do serviço público" pela categoria.

Servidores do INSS marcam protesto para sexta-feira

As falhas no atendimento do INSS atingem diretamente a população. Dados mostram que há 2 milhões de pedidos na fila de espera por uma resposta, dos quais 1,3 milhão aguardam há mais de 45 dias pela análise. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de São Paulo e de todo o país devem parar as atividades na manhã desta sexta-feira (14), em protesto contra medidas do governo Bolsonaro e por melhorias no atendimento e nos serviços prestados à população.

O principal ponto do protesto é a possível contratação de 7.000 militares, permitida pelo decreto 10.210/2020, que vem sendo chamada de “militarização do serviço público” pela categoria. Os servidores são contra, pois alegam que os militares não estariam aptos para o atendimento especializado.

Na capital paulista, a manifestação, que está sendo organizada pelas centrais sindicais, começará às 9h, em frente à agência do INSS localizada na rua cel. Xavier de Toledo, 280 (região central). Depois, os servidores devem seguir em caminhada até a Superintendência do INSS, no Viaduto Santa Efigênia, também na região central.

Segundo Moacir Lopes, diretor da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), a última audiência da categoria com o governo não avançou. 

“O novo presidente do INSS [Leonardo Rolim] confirmou que vão publicar medida provisória para regulamentar a contratação de servidores aposentados da União, mas insistem na tese de convocar civis e militares”, afirma.

As falhas no atendimento do INSS atingem diretamente a população. Dados mostram que há 2 milhões de pedidos na fila de espera por uma resposta, dos quais 1,3 milhão aguardam há mais de 45 dias pela análise.

Os motivos da demora são a diminuição no número de funcionários, que caiu de 33 mil para 23 mil entre 2016 e 2019, além da aprovação da reforma da Previdência sem adaptação dos sistemas para que os pedidos sejam analisados de forma mais ágil.

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