Brasil

TAM e Gol devem compensar falta de BRA em pouco tempo, diz analista

Eventual saída da empresa do mercado não reduzirá oferta de assentos. Com novas aeronaves, TAM e Gol vão disponibilizar mais 3.212 lugares ainda em 2007.

Mesmo que a BRA não volte a operar no mercado brasileiro, o número de novas aeronaves que as aéreas TAM e Gol devem disponibilizar para vôos domésticos até o final do ano irá compensar a falta dos vôos operados pela empresa, segundo o consultor André Castellini, da Bain & Company.

A empresa, que passa por problemas financeiros, solicitou nesta terça-feira (6) à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a suspensão temporária de todos os seus vôos domésticos e internacionais a partir desta quarta-feira (7) e enviou o aviso prévio de 30 dias a todos os seus 1.100 funcionários, que serão demitidos.

Segundo o especialista, o planejamento estratégico das principais companhias aéreas do país prevê que TAM e Gol coloquem 3.212 lugares em operação, por conta de novas aeronaves. Assim, apesar da queda de 1.228 assentos da BRA e da previsão de redução de 102 na Varig, o crescimento líquido neste segundo semestre será de 1.882 lugares.

Mais fraca
Segundo ele, o impacto da BRA é relativamente pequeno. "O aproveitamento do conjunto das companhias aéreas estava em 70%. O da BRA representava 3%. Não é significativo para o mercado", diz o especialista.

Os problemas, diz Castellini, serão sentidos mais no curto prazo: "Não quer dizer que os passageiros que têm a passagem da BRA comprada não vão ter transtornos. Mas para o mercado não vai fazer muita falta."

Efeitos da crise
Ainda de acordo com Castellini, as dificuldades financeiras da BRA refletem os problemas na infra-estrutura que prejudicam o setor aéreo brasileiro. "O caso da BRA mostra o quanto está difícil o mercado. Se até as empresas mais fortes como a TAM e a Gol estão perdendo dinheiro, os players mais fracos e menos eficientes são os primeiro a sair", diz.

Segundo ele, as companhias aéreas só conseguem vender passagens a preços muito baixos e insuficientes para cobrir os custos, o que prejudica o caixa das empresas.

Além do cenário competitivo, a empresa sofreu os efeitos da crise aérea, que teve impacto mais forte nos vôos ligados a lazer e turismo, especialidade da BRA. "Com a situação do setor aéreo, as pessoas começaram a pensar duas vezes antes de viajar. Quem precisa viajar a negócios tem menos opção, mas o lazer sofre mais."

Futuro da BRA
Na avaliação de Castellini, ainda é cedo para dar como certa a saída da BRA do mercado. "É um ativo que pode ter compradores. Por mais que o mercado esteja em uma situação difícil, provavelmente existem investidores que acreditam e queiram investir no segmento de vôos populares", diz.

Fonte: G1

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