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Metal líquido: super hi-tech

Diretamente da era espacial, assim como a célula de combustível ou de energia, como preferem alguns, essa tecnologia permite a obtenção de estruturas mais robus

Diretamente da era espacial, assim como a célula de combustível ou de energia, como preferem alguns, essa tecnologia permite a obtenção de estruturas mais robustas, mais leves e resistentes à oxidação além de serem muito mais maleáveis durante o processo de modelagem. Um sonho real considerado pelos pesquisadores, o primeiro passo na direção de uma nova era do aço.

Desde quando tomamos conhecimento dos metais até a primeira revolução industrial, muitos anos se passaram e a tecnologia envolvida na produção estava apenas sendo anunciada. O conhecimento aprofundado de componentes químicos e a descoberta de nano componentes – partículas apenas percebidas através dos mais poderosos microscópios eletrônicos existentes, cujo tamanho corresponde a bilhonésima parte do metro – permitiu o desenvolvimento de novos compostos, e daí surgiria uma segunda era revolucionária, a dos polímeros – plástico. Mas, como tudo na vida é cíclico, voltamos ao ponto de partida, prontos para uma nova largada, com o domínio da tecnologia de produção de metais líquidos.

As estruturas metálicas conhecidas, hoje, e largamente utilizadas, são responsáveis pela produção de inúmeros compostos como os alumínios, magnésios, titânios e metais-cerâmicos. Com a nova tecnologia dos metais líquidos produziremos “vidros metálicos” – similar ao que é utilizado nas janelas do ônibus espacial. Compostos incrivelmente resistentes a altas temperaturas, com uma dureza e resistência superior, e extremamente fáceis de moldar. Curvas nunca antes imaginadas poderão ser vistas sobre estruturas até cem por cento mais fortes e, dependendo do composto, sessenta por cento mais leves. É a era do metal líquido.

Para melhor compreendermos essa revolução que está batendo em nossa porta é preciso saber por que as estruturas metálicas atuais são tão limitadas, se comparadas ao novo metal. As fotos que ilustram este artigo evidenciam duas estruturas simples: uma com apenas dois componentes e forma cristalizada, e a outra, contendo um terceiro componente, é totalmente amorfa – sem forma definida. A forma blocada representa as estruturas metálicas com que trabalhamos, menos capazes de suportar dobraduras, e a outra, amorfa, é o metal líquido. Um terceiro componente, o Yttrium (*), é visto na estrutura do metal líquido e é o responsável pela maior resistência à oxidação, dureza e maleabilidade durante o processo de modelagem. Segundo os envolvidos no processo de criação e desenvolvimento do novo composto, com previsão para estar no mercado em 7-10 anos, a docilidade com que ele permite ser tratado lembra a dos polímeros, e a possibilidade de mesclas é incrivelmente vasta.

Alguém aí esta tentando imaginar as possibilidades? Então, pense num carrinho popular qualquer, cuja estrutura metálica seja composta de peças feitas com variantes líquidas deste novo aço. Ele pesará cinqüenta por cento menos, terá vida útil – sem corrosão – muito mais longa e ainda será mais barato e fácil de ser reciclado. Seu propulsor teria as partes móveis e mais delicadas produzidas a partir do novo metal, e por oferecerem superfícies extremamente lisas também oferecerão menor resistência ao movimento… SHAZAN! Um carro mais leve, motores que consomem menos energia com o próprio funcionamento e com uma durabilidade muito maior.

Os responsáveis pelo projeto são: Joseph Poon, professor de Física na UVA (U.S.); Gary Shiflet, professor de engenharia e ciência dos materiais (UVA) e Vijayabarathi Ponnambalam, físico de materiais. A verba para o programa vem da Defense Advanced Research Projects Agency’s Structural Amorphous Metals Program, uma agência governamental americana com base na estrutura de defesa.



 



Fonte: Uol

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