Eduardo Varandas

Extraditem André Valadão!

O pastor evangélico André Valadão incitou cristãos a exterminarem LGBQIAPN+, em culto realizado na Igreja Batista da Lagoinha (IBL) em  […]

Extraditem André Valadão!

O pastor evangélico André Valadão incitou cristãos a exterminarem LGBQIAPN+, em culto realizado na Igreja Batista da Lagoinha (IBL) em  Orlando – EUA. O evento foi transmitido pelo YOUTUBE para todo o mundo.

No Brasil, a IBL tem aberto filiais em diversas cidades do Brasil, num processo de expansão similar ao de que foi registrado em outras denominações, como por exemplo, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), do pastor Silas Malafaia e a Igreja Universal do Reino de Deus  (IURD), do Bispo Macedo.

Não é novidade a iracúndia dos “Valadão” contra os direitos humanos de gays, lésbicas e travestis. Em 2016, Ana Paula Valadão (irmã de André) pediu o boicote dos crentes à rede de lojas C&A por uma campanha do dia dos namorados sobre a moda livre de gênero.  A cantora, pastora e empresária da Igreja “Before The Throne” recebeu, no Facebook, 47 mil reações negativas pelo texto.

No mesmo ano, Ana Paula reproduziu na rede social as palavras do apóstolo Paulo, numa tradução duvidosa do grego, em que profetiza que “homossexuais ativos” e “passivos” não herdarão o Reino de Deus.  

Lembre-se que a palavra “homossexual” somente foi cunhada em 1869 (bem posterior às escrituras bíblicas), pelo romancista Karl Kertbeny num manifesto contra uma lei antissodomita prussiana.

Nos últimos tempos, o garoto irado da família Valadão resolveu ganhar popularidade para além da sua bolha gospel de classe média alta e ultraconservadora, ao prenunciar  que “Deus odeia o orgulho” em pleno mês em que o mundo celebra o dia do Orgulho LGBT.   

Não satisfeito com a repercussão de sua fala infeliz, André Valadão volta à cena pregando que Deus deseja a morte dos gays e, por não poder mais fazê-lo, incumbe a tarefa à humanidade. “Aí Deus fala: não posso mais! Já meti esse arco-íris… Se Eu pudesse Eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi para Mim mesmo que não posso. Agora, com vocês!” (sic!).

Não é de hoje que o pastor teve seu nome envolvido em polêmicas. No ano passado, André, bolsonarista de carteirinha, publicou vídeo dizendo-se intimado pelo TSE, através do Min. Alexandre de Moraes, para se retratar. A ideia era criar uma narrativa de perseguição a cristãos pela Justiça Eleitoral. O TSE oficialmente declarou o que o fato não ocorreu (fonte: ISTOÉ).

Como se fosse pouco, o pastor é ávido incentivador da violência policial e fez comentários gordofóbicos. Em discussão com um colega sacerdote aparentemente acima do peso, atacou: “Pela sua foto, vejo que quem tem que fechar a boca é você. Vá jejuar” (fonte: IG GENTE).

 A travesti Talita Olivier teria exposto a intimidade do líder da Lagoinha, ao afirmar supostos programas sexuais com André, este na condição de passivo por preferir homens a mulheres (fonte: METRÓPOLES).

Não se intenciona adentrar no psiquismo do André Valadão, roga-se que responda por seus crimes, se comprovados judicialmente. Como o STF equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo, André Valadão incidiu, no mínimo,  no tipo penal descrito no artigo 20 da Lei Federal 7.716/89, §2º o qual prescreve que praticar, induzir ou incitar a discriminação pela rede mundial de computadores resulta na condenação de prisão de dois a cinco ano e multa.

Extraditem-no!

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