ERA SÓ O QUE FALTAVA!
Não é atoa que quando falo das mazelas da gestão socialista na área da cultura, os incomodados que se auto-definem vanguardistas pipocam de raiva e perdem a postura na construção do bom debate. Não vou aqui trocar farpas e xingamentos medíocres, mas que a gestão socialista em relação à cultura é fraca e insignificante, disso não tenho dúvidas! Dizer que o meu último artigo, postado nessa coluna, é irresponsável e mentiroso é fácil, gostaria de saber, no entanto, onde foi que menti? Podem me dizer? Geralmente o tempo é senhor da razão e já vi muitos guerreiros mudarem de opinião depois de se arrependerem de estar defendendo algum projeto errado. Eu mesmo me enganei e fui enganado! Arrependi-me, claro! A diferença é que tive coragem de romper com esse sistema falido, perseguidor e ditatorial e sair pelo menos com o nome limpo. Posso dizer isso com convicção e cabeça erguida que, ao contrário do que alguns pensam e julgam, não possuo patrões e nem tenho rabo preso com quem quer que seja. Preservo minha dignidade e o meu caráter inabaláveis, pois não sou e nem nunca fui de aceitar conchavos para me elocumpletar diante cargos ou fazer farras com o dinheiro público. Não fui eu, por exemplo, que me aliei ao PMDB quando precisou ganhar a prefeitura e já na eleição seguinte, num passe de mágica, se aliou com o PSDB e o DEM para se chegar ao governo. Isso não é uma contradição? Isso não é um projeto de "poder pelo poder"? A meu ver, sim! Meu discurso continua o mesmo e depois que saí do PSB procurei exatamente o PT, partido que representa as esquerdas do qual me sinto a vontade para militar e discutir democraticamente a nossa cidade e o nosso estado. Querer politizar essa discussão é no mínimo tentar desviar o foco e não assumir o caos que a nossa cultura está passando. O engraçado é que todos que estão incomodados e comentando o tema nas redes sociais têm uma "boquinha" na prefeitura ou no governo, e claro, são obrigados a defender o seu patrão. É natural, mas não concordo! Faz parte da fidelidade canina implantada por toda ditadura ser obediente e submisso, mas desafio a quem quer que seja provar algo de errado no meu comportamento que comprometa a minha reputação, por isso mesmo não tenho o que temer e fico a vontade para dizer o que penso, ora!