Janildo Silva

E agora, Dilma?

O governo foi mais uma vez surpreendido com uma manifestação gigantesca e consequentemente histórica em todo Brasil, onde o “alvo” […]

O governo foi mais uma vez surpreendido com uma manifestação gigantesca e consequentemente histórica em todo Brasil, onde o “alvo” era justamente a presidente Dilma Roussef.

Ouvi de lideranças petistas durante a semana que o ato deste domingo seria um fracasso, que o dia era ruim, que a classe média não vai pra rua e que as manifestações do dia 13, com a presença do MST, colocariam “medo” na “elite branca”, mas o que vimos em todo Brasil foi justamente o contrário.

O erro do governo, que curiosamente se repete apesar da experiência de 2013, foi ignorar a força incontestável das redes sociais, que mobilizaram pessoas insatisfeitas em todo País e ao invés de pregar a conciliação, setores do governo preferem reafirmar o discurso de que “apenas” os eleitores de Aécio foram às ruas. O problema é que Dilma Roussef é presidente do Brasil e não do PT, como tal tem que se preocupar com a opinião de TODOS.

Para encerrar um festival de erros, a presidente escala dois ministros que já enfrentam desgaste, para repetir que o Planalto vai encaminhar um projeto de combate a corrupção e outro de reforma política para a Câmara dos Deputados. O contrassenso é tão grande, que já existe um projeto de reforma política tramitando no Legislativo. O resultado foi um novo panelaço e mais chutes na canela do governo.

A grande verdade é que a manifestação deste domingo serviu a diversos propósitos, entre eles esclarecer uma parcela da população de que pedir a volta do regime militar é INCONSTITUCIONAL, já que cabe às Forças Armadas preservar a democracia e não colocar um fim nesta. Também serviu para provar que é possível se indignar sem fazer baderna ou destruir o patrimônio público e privado.

De agora em diante se espera uma mudança no governo, que infelizmente possui um grande entrave no Legislativo já que Renan Calheiros e Eduardo Cunha andam “mordidos” com a presidente e ninguém acredita que possam aceitar neste momento um acordo para gerar uma agenda positiva.

E o povo? Volta às ruas no próximo dia 12 de abril e provavelmente verá um movimento ainda maior que o deste domingo.  O mais importante é que se preserve a democracia.

Quanto a oposição, é claro que o bloco ficou entusiasmado com os protestos, mas não está claro se vão lucrar realmente com a mobilização, já que o partidarismo é algo que transformaria esta nova onda de cidadania em um produto de marketing sem qualquer credibilidade.

Depois de tudo isso a pergunta que fica é: e agora, Dilma?

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