Vanderlan Farias

Ao “Rei” tudo, menos a consciência de julgador!

Confesso que fiquei surpreso com a recente declaração do governador Ricardo Coutinho (PSB) sobre o embate com os servidores do […]

Confesso que fiquei surpreso com a recente declaração do governador Ricardo Coutinho (PSB) sobre o embate com os servidores do Fisco. Não esperava que chegasse a tanto. Antes de qualquer comentário, preferi ouvir o áudio da entrevista onde RC praticamente condiciona o repasse do duodécimo, constitucionalmente garantido do Poder Judiciário, ao fim do movimento grevista.

Fiquei surpreso porque desconheço registro de episódio semelhante. Muitas pelejas já se passaram na Paraíba envolvendo Executivo e Judiciário, mas nunca com um recado tão duro. Tentei encarar a mensagem do governador como um apelo ao Judiciário, a quem cabe julgar o pedido de ilegalidade da greve em questão. Apelar, pedir, argumentar, o governador pode. Aliás, qualquer um pode. O que ninguém pode é interferir, orientar, impor, mandar num Poder que deve ser livre e soberano, como manda a nossa Carta Magna, para tomar suas decisões.

Foi justamente esta última a interpretação dada, de forma geral, ao pronunciamento do chefe do Executivo. Dizem que o homem chegou a telefonar para o presidente do TJ usando o mesmo “argumento”. Ao desembargador Abraham Lincoln, talvez tão surpreso quanto eu, coube apenas esclarecer que o repasse do duodécimo e o julgamento de qualquer processo, incluindo o que trata da greve do Fisco, são coisas distintas.

De fato, são mesmo. Uma coisa é o direito constitucional dos Poderes Judiciário e Legislativo, de receberem o seu duodécimo. Outra coisa é o direito das partes – servidores do Fisco e do Governo do Estado -, além da própria sociedade paraibana, de verem um julgamento transparente e independente de qualquer ingerência externa, pois os magistrados são pagos para isso. De forma tímida, talvez tenha sido esse o recado que o presidente do TJ quis dar.

 

No mundo da lua

O rompimento com o governador Ricardo Coutinho e a disputa interna que trava para permanecer no PPS tem consumido muitos neurônios do deputado Janduhy Carneiro. Tanto que, na manhã desta quarta-feira, ele sequer respondeu a um jornalista que procurava saber sobre o clima no seu partido.

Parecia no mundo da lua.

Papagaio de pirata

João Gonçalves já decidiu: vale tudo para garantir sua indicação como vice na chapa encabeçada por Luciano Agra (PSB). Vale se voltar contra o senador Cícero Lucena, que apoiou sua candidatura a prefeito da Capital em 2008, vale defender o Governo do Estado mais que o líder de sua bancada na Assembléia Legislativa e até dar uma de papagaio de pirata do prefeito socialista.

O tucano não perde uma foto ao lado de Agra.

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