Vanderlan Farias

Cássio tem mais uma missão (quase) impossível

O senador Cássio Cunha Lima parece caminhar lado a lado com o impossível. Ou com o quase impossível. Primeiro conseguiu […]

O senador Cássio Cunha Lima parece caminhar lado a lado com o impossível. Ou com o quase impossível. Primeiro conseguiu ficar no cargo de governador por quase três anos, mesmo com o mandato cassado. Logo em seguida, nas eleições de 2010, foi o candidato ao Senado Federal mais votado, mesmo cassado. Barrado pela Ficha Limpa, Cássio lutou e assumiu a vaga então ocupada pelo segundo colocado, Wilson Santiago, após o STF decidir que a nova lei só valeria para as eleições de 2012. Achou pouco? Pois Cássio achou.

Agora, o senador de tantas “impossibilidades” quer eleger o companheiro Cícero Lucena prefeito de João Pessoa sem se indispor com o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o atual ocupante do cargo, Luciano Agra, seus aliados desde a campanha de 2010 e adversários ferrenhos de Cícero. Não é tarefa fácil, como não foram tantas outras já superadas pelo imprevisível tucano.

Com base numa suposta “política moderna”, Cássio investe no atacado para colher no varejo. Defende certa “distensão” entre o atual governador e o PMDB do ex-governador José Maranhão, que também foram adversários em 2010, para justificar uma possível convivência civilizada, mesmo que em palanques opostos, entre Ricardo Coutinho e Cícero Lucena. Somente assim, nesse campo de remotas possibilidades, é possível imaginar, a preço de hoje, a concretização dessa fábula imaginada por Cunha Lima.

Ricardo Coutinho pouco tem se manifestado sobre o assunto. Apenas trata de desqualificar os “boatos” que surgem, vez por outra, sobre um possível rompimento com Cássio. Pelo menos essa possibilidade os dois consideram inviável. Por enquanto.

Postura diferente tem o prefeito Luciano Agra. Sempre que pode, ele cobra de Cássio a “fatura” de um suposto e decisivo apoio à sua candidatura nas eleições de 2010. E diz, com todas as letras, que espera retribuição do tucano em 2012. Até agora, Cássio tem relevado as cobranças. Talvez para não causar mais problemas com Ricardo.

Mesmo porque, fica feio para Agra insistir no assunto depois que o tucano disse, também com todas as letras, que apóia a candidatura de Cícero.

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Trócolli em Cabedelo

O deputado Trócolli Júnior (PSD) discorda do suposto favoritismo dos adversários em Cabedelo. Pré-candidato a prefeito, ele acredita que a “leitura” sobre a disputa eleitoral será outra quando a campanha começar. E mantém a árdua tarefa de dividir o tempo entre a atuação na Assembléia Legislativa e visitas à cidade portuária.

Um pastor vai, outro vem

Com a saída de Fausto Oliveira, preso por envolvimento com o tráfico de crianças, outro pastor conhecido dos paraibanos volta ao cenário político. João da Penha, ex-deputado estadual, não pretende disputar mandato, mas vai pedir votos para o filho, de mesmo nome, pré-candidato a vereador em João Pessoa pelo PRTB.

Mais uma cochilada

A bancada do governo cochilou novamente e permitiu a aprovação da convocação de envolvidos no escândalo dos livros, como queria a oposição. Aliás, esse cochilo dos governistas é coisa antiga. Com exceção do líder, Hervázio Bezerra, de Tião Gomes e, ás vezes, Adriano Galdino, o resto tem tirado o sono do governador. 

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