Vanderlan Farias

PT da Paraíba vira “casa de mãe Joana”

Todo partido que se preza tem divergências internas. Aliás, as diferenças fazem parte da democracia. Ou poderíamos dizer que toda […]

Todo partido que se preza tem divergências internas. Aliás, as diferenças fazem parte da democracia. Ou poderíamos dizer que toda unanimidade é burra. Qualquer dessas frases serviria para justificar a existência da diversidade de opiniões em uma agremiação partidária. Mas, pelo amor de Deus, o que acontece no PT da Paraíba ultrapassa todos os limites democráticos. Beira à baderna.

O partido virou “casa de mãe Joana”. Num dia toma uma decisão. No outro, revoga. E, ao final, ninguém cumpre nada do que é deliberado. A divisão não é novidade. A banda do deputado Luiz Couto não abre mão “das tetas” do Governo do Estado e da Prefeitura de João Pessoa. Por isso quer levar o partido a apoiar a reeleição do prefeito Luciano Agra. Tanto que o diretório municipal, controlado pelo padre-deputado, aprovou resolução autorizando participação no Conselho Político de Agra.

A medida, claro, agradou ao comando socialista. Mas, feriu frontalmente decisão da direção nacional de lançar candidatos próprios em todas as capitais. Desrespeitou, também, o deputado Luciano Cartaxo, pré-candidato do PT a prefeito e adversário ferrenho do governador Ricardo Coutinho e do próprio Agra.

Por isso, a outra banda do PT entrou em ação e, sob o comando do presidente Rodrigo Soares, aprovou nova resolução vetando participação no Conselho de Agra. A decisão recolocou o partido no caminho da candidatura própria e agradou aos pré-candidatos José Maranhão (PMDB) e Cícero Lucena (PSDB), também adversários de RC e Agra. Ah, um detalhe: para não parecer injusto, essa banda do PT também não abriu mão “das tetas” do Governo do Estado na gestão de Maranhão.

Pelo jeito, essa queda de braço só terá um vencedor no ano que vem, após o Encontro Municipal deliberar sobre as eleições na Capital. Até lá, os petistas continuarão se autodestruindo e agradando aos outros. E, mesmo depois do Encontro, é provável que a banda perdedora siga seu próprio caminho, ignorando as decisões do partido. Não fosse assim, não estaríamos falando do PT.

Vital caminha a passos largos

Impressiona a capacidade do senador Vital Filho de chamar para si a responsabilidade sobre a discussão de temas importantes, propagados com a mesma intensidade pelas mídias local e nacional. A distribuição dos royalties do pré-sal e as emendas orçamentárias são exemplos que fazem dele o parlamentar mais atuante da Paraíba, na atual legislatura, e um dos mais influentes do Congresso Nacional.

Compensação

O deputado Damião Feliciano ainda não digeriu o apoio do governador Ricardo Coutinho (PSB) à nomeação de Ana Arraes, mãe do governador pernambucano Eduardo Campos, para o Tribunal de Contas da União. Ameaça lançar o filho, Renato Feliciano, candidato a prefeito de Campina pelo PDT. Pelo jeito, quer uma compensação pela perda do cargo vitalício que pleiteava. E pode ser a vaga de vice de Romero Rodrigues. Mas, como fica Diogo Cunha Lima

Perdas com a greve do Fisco

Dirigentes sindicais avaliam que o Governo do Estado deixa de arrecadar cerca de R$ 3 milhões por dia com a greve do Fisco. Se for verdade, a Paraíba terá perdido nada menos que R$ 90 milhões com trinta dias de paralisação da categoria. Um soma impressionante para um Estado pobre como o nosso. O pior é que nada podemos fazer, a não ser lamentar.

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