Descaso

PMJP interdita parte da Estação por mais de dois anos e não tem previsão para iniciar reforma

No dia 10 de setembro, o Mirante da Estação Cabo Branco, Ciência, Cultura e Artes, em João Pessoa, completa dois anos e meio interditado, mas além de não haver previsão de ser reaberto à visitação, não há nenhum operário, nem qualquer obra de reforma em andamento para solucionar os problemas estruturais.

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e concluída em 2008, o equipamento está se degradando mais a cada dia com infiltrações, rachaduras, mofo e estruturas quebradas, mas a Prefeitura Municipal de João Pessoa informou que no momento não pretende fazer nada, “para não descaracterizar os problemas”. 

“A empresa responsável pela execução já foi acionada administrativamente, entretanto não houve resposta. A empresa será acionada judicialmente. No intuito de não descaracterizar os problemas apresentados, serão feitas intervenções após a conclusão do laudo técnico”, informou a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), sem informar, no entanto, qual órgão estaria elaborando esse laudo e qual o prazo.

A resposta só veio após vários contatos do Portal ClickPB com a gestão, durante três semanas, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), cuja diretoria informou, nesta sexta-feira (01), que estava em reunião e possuía outras demandas mais importantes do que essa obra.

A torre do Mirante foi fechada, no dia 10 de março de 2015, em tese, para uma reforma que duraria 90 dias. Apesar disso, os visitantes que chegam à Estação e querem subir ao mirante não passam da rampa e têm que dar meia volta, ao deparar com a barreira física posta no pé da rampa.

Foi o caso de Jackson Lorenço da Silva, do município de Santa Rita. Nesta sexta-feira ele foi à Estação Cabo Branco, mas não conseguiu ingressar no prédio do Mirante. Esta é a segunda vez que ele encontra o prédio fechado.

A Seinfra alega que a Estação apresenta problemas estruturais oriundos do contrato de construção.  Contudo, não respondeu a uma série de questionamentos realizados pelo Portal, entre eles: que problemas houve com a obra nesse período de mais de dois anos, quais as condições da estrutura, quanto vai custar a obra de restauração e qual empresa vai executar o serviço.