De fraque e cartola preta, o Homem da Meia-Noite cumpriu a tradição de participar da cerimônia que abre o carnaval de Olinda, na madrugada deste domingo (02). Ao som de uma orquestra de frevo e de um grupo de passistas, ele subiu e desceu as ladeiras do Sítio Histórico até chegar à sede da Troça Carnavalesca Mista Cariri Olindense para entregar a chave da cidade.
A Mulher do Dia, boneca gigante tradicional da cidade, acompanhou o desfile do gigante, que inovou no figurino, assinado pela artista plástica Tereza Costa Rêgo. As alusões à Copa do Mundo traziam botões em forma de bola de futebol, e o lenço com a figura de um tatu, uma referência ao mascote do Mundial de 2014, Fuleco.
Do lado de fora da sede, as pessoas se espremiam na Rua do Bonsucesso. As varandas e janelas das casas se transformaram em camarotes. Todos estavam ali para comemorar mais um desfile do Homem da Meia-Noite, agora com 82 anos. Quando o gigante deixou a sede, a multidão gritou e aplaudiu.
Até encontrar com o Cariri, o desfile percorreu quatro quilômetros e meio no Sítio Histórico.
História
O Homem da Meia-Noite surgiu como uma dissidência do Cariri porque seus fundadores não participavam da chapa oficial da diretoria da troça rival. O clube foi criado em 2 de fevereiro de 1931 pelo pintor de paredes Luciano Anacleto de Queiroz, o carpinteiro Sebastião da Silva, os encadernadores Cosme José dos Santos e Heliodoro Pereira da Silva, e o sapateiro Manoel Joaquim dos Santos.