Perda

Leny Andrade, referência de samba, jazz e bolero, morre no Rio

Artista de 80 anos estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá.

Leny Andrade, referência de samba, jazz e bolero, morre no Rio

Ela também morou no México, Estados Unidos e vários países europeus

A cantora Leny Andrade morreu nesta segunda-feira (24) no Rio. A artista de 80 anos estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na Zona Oeste. A informação foi confirmada pela assessoria do Retiro dos Artistas, onde Leny vivia.

O comunicado foi dado aos fãs através das redes sociais. “A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno”, diz a postagem.

Ela havia sido internada na última semana depois de ter uma piora em seu quadro clínico. A artista se recuperava de uma pneumonia desde junho, quando ficou intubada.

Desde a alta médica, ela estava de home care no Retiro dos Artistas. O estado de saúde da cantora piorou no fim de semana e ela acabou não resistindo.

A carioca vivia no local desde o fim de 2018. Em janeiro deste ano, ela havia completado 80 anos.

Carioca, nascida no berço da bossa nova e de algumas matrizes do samba, Leny Andrade é um grande nome da música brasileira.

Ausente dos cenários musicais por questões de saúde, a cantora gravou sua última música em 2022: o single gravado com o pianista Gilson Peranzzetta para festejar seus 80 anos. A música é uma composição do ano de 1957, pelos compositores Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran.

A artista totaliza 34 álbuns lançados entre 1961 e 2018, com destaque para títulos como A sensação (1961) e Estamos ai (1965). Leny sempre foi orgulhosa de dar vozes a composições de autores brasileiros e cantava português dentro e fora do país.

Leny era amiga do cantor americano Tony Bennet, e o cantor chegou até a desenhá-la. Ele partiu na última sexta-feira (21).

Ela foi uma grande intérprete de compositores como Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Djavan, Ivan Lins e Roberto Menescal, entre outros gênios da música brasileira. Leny se formou no Conservatório Brasileiro de Música.

Ela também morou no México, Estados Unidos e vários países europeus, mas era o Rio que tinha o coração da carioca flamenguista.

Ela teve estreia profissional como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves. Já o sucesso chegou em 1965, com o espetáculo Gemini V, com Pery Ribeiro e o Bossa Três. O show foi no Porão 73, onde um disco ao vivo foi gravado.

Considerada pelo New York Times como “um misto de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald da bossa nova”, Leny Andrade ganhou o Grammy Latino em 2007 juntamente com Cesár Camargo Mariano.

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