O preço dos alimentos da cesta básica aumentou em 16 das 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese), e João Pessoa está entre as cidades que apresentou aumento (1,58%).
As altas mais expressivas foram em Belo Horizonte (7,81%), São Luís (6,44%), Campo Grande (6,05%) e São Paulo (5,68%), enquanto houve queda apenas em Vitória (-2,65%) e Salvador (-0,26%).
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 471,37), seguida pela de Porto Alegre (R$ 463,09), Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87).
Em João Pessoa, a cesta básica está custando em média R$ 339,39.
Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 330,17) e Natal (R$ 332,21). Durante o ano de 2018, todas as capitais acumularam alta, com destaque para Campo Grande (14,89%), Brasília (13,44%) e Fortaleza (12,03%). A Capital paraibana acumula uma alta de 3% no ano de 2018.
De outubro a novembro deste ano, os alimentos que apresentaram alta na maior parte das capitais pesquisadas foram tomate, batata, óleo de soja, pão francês e carne bovina de primeira.
O quilo do pão francês aumentou em 11 capitais. As maiores elevações foram
verificadas em Belo Horizonte (2,94%) e João Pessoa (2,16%). Em outras sete cidades, o preço diminuiu, com destaque para Goiânia (-3,14%) e Vitória (-3,08%). Em 12 meses, o pão registrou alta em 16 cidades, com taxas entre 4,57%, em Aracaju, e 15,14%, em Campo Grande. As retrações ocorreram em Goiânia (-0,83%) e Salvador (-0,22%). A elevação do preço do trigo nos últimos meses, com crescimento da importação do grão, teve impacto no valor médio do produto no varejo, ainda em novembro.
Já o leite integral teve queda de preços. Em novembro, o preço do litro do leite integral apresentou queda de valor em 16 capitais, com variações entre -8,74%, em Campo Grande, e -1,64%, em João Pessoa. O preço médio não variou em Belém e aumentou em Aracaju (1,52%). Em 12 meses, houve alta em todas as capitais, entre 4,79%, em Porto Alegre, e 26,15%, em Vitória. O aumento da oferta, devido à melhora nas pastagens, reduziu o preço no varejo.
Com base nesses valores, o Dieese estimou em R$ 3.959,98 o salário mínimo necessário para a uma família de quatro pessoas no mês de novembro, o equivalente a 4,15 vezes o mínimo atual, de R$ 954. Em outubro, o salário mínimo foi estimado em R$ 3.783,39. O tempo médio que um trabalhador levou para adquirir os produtos da cesta básica, em novembro, foi de 91 horas e 13 minutos. Em outubro de 2018, ficou em 88 horas e 30 minutos.