Economia

Brasileiros com conta em banco digital mais do que dobram em um ano

Do total de entrevistados, 43% afirmam ter conta nessas instituições — em 2019, eram apenas 18%.

Brasileiros com conta em banco digital mais do que dobram em um ano

O interesse crescente dos brasileiros pelos bancos digitais vem na esteira do avanço tecnológico no setor, mas também reflete a maior demanda por serviços digitais a partir do isolamento social durante a pandemia do coronavírus. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — O número de clientes de instituições financeiras que afirmam ter conta em um banco digital mais do que dobrou em um ano, mostrou um levantamento feito pela Cantarino Brasileiro a pedido da Akamai Technologies.

Do total de entrevistados, 43% afirmam ter conta nessas instituições — em 2019, eram apenas 18%.

É a terceira pesquisa sobre o tema feita pela Cantarino Brasileiro a pedido da Akamai.

Esse levantamento foi realizado com base em 1.083 entrevistas feitas entre 9 e 23 de junho, via internet, em todo o Brasil. A média de idade dos respondentes foi de 38 anos, e 70% dos entrevistados tinham mais de 30 anos.

O interesse crescente dos brasileiros pelos bancos digitais vem na esteira do avanço tecnológico no setor, mas também reflete a maior demanda por serviços digitais a partir do isolamento social durante a pandemia do coronavírus.

Dados do Banco Central apontam que, durante a pandemia, quase 10 milhões de pessoas começaram um relacionamento com alguma instituição financeira, o que elevou o número de bancarizados para 175,4 milhões de pessoas.

“Pode, sim, ter existido um efeito da pandemia, mas a tendência de digitalização no setor bancário me parece inevitável”, afirma o diretor da Akamai no Brasil, Claudio Baumann.

“Esse crescimento é uma indicação forte que mesmo quem hoje é cliente exclusivamente de bancos tradicionais, em breve também terá alguma interação com instituições exclusivamente digital”, diz.

A expectativa de maior adoção dessas iniciativas também reflete a chegada do Pix e do open banking no país.

O Pix é o novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, disponível desde 16 de novembro. O open banking, conhecido como sistema financeiro aberto, permite o compartilhamento de informações entre instituições, mediante autorização da pessoa que gera os dados, e será completamente implementado a partir de 2021.

Para Baumann, apesar desses avanços operacionais reordenarem a concorrência e ampliarem o número de instituições que brigam pela atenção dos clientes, até os competidores mais tradicionais enxergam o benefício da digitalização.

“Essa mudança também é conveniente para as instituições. Claro que há uma demanda para maior concorrência e agilidade nos bancos mais tradicionais e eles estão acelerando o passo nessa direção. Mas também há toda uma discussão de redução de custos que é benéfica para ambos os lados”, afirma o executivo da Akamai.

Enquanto a chegada de novos participantes no mercado aumenta a pressão pela queda nos preços, o uso dos serviços e produtos bancários pelo internet banking ou pelo celular também reduzem os custos dos bancos com agências, já que não há contas como aluguel, luz, água, bem como telefone, e é possível atender virtualmente com um número menor de funcionários.

Ainda segundo o levantamento, as tarifas são consideradas um fator cada vez mais importante para os clientes dos bancos: 40% consideram as taxas como principal critério na escolha de uma instituição.

Além disso, 34% também afirmam que a capacidade de acessar serviços em qualquer lugar é muito importante para a decisão de abrir uma conta em um banco — a pesquisa também aponta que 68% dos entrevistados usam os aplicativos bancários como a principal forma de acesso. O internet banking é usado por 47% dos clientes.

Segundo Baumann, outro ponto relevante para a ascensão dos bancos digitais é a segurança.

Ainda de acordo com o levantamento, 75% dos usuários afirmam que se sentem seguros em suas instituições bancárias. Nesse sentido, 57% dizem que verificam eventos de vazamento de dados ou falhas de segurança nas instituições mesmo antes de abrir uma conta.

A pesquisa aponta, ainda, que apesar de 33% dos respondentes afirmarem é um requisito fundamental que a instituição financeira nunca tenha sofrido vazamento de informações, a maioria (43%) ainda não se preocupa com esse fator. Para 54% o uso de biometria de dedo, face ou mão aumenta a sensação de segurança nas transações financeiras em canais digitais.

“O cliente está preocupado com duas coisas: a segurança dos seus dados e a experiência que ele tem no aplicativo”, afirma Baumann. “E essa é uma tendência que cresce ainda mais conforme o uso da internet também aumenta.”

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