Economia

Consumo de bens industriais cresce 5,9% em agosto, diz Ipea

A alta é maior do que o crescimento da produção medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mesmo mês, que ficou em 3,2%.

Consumo de bens industriais cresce 5,9% em agosto, diz Ipea

No trimestre encerrado em agosto, a demanda por bens industriais cresceu 5,5%, diz o Ipea. — Foto:Reprodução

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) — O consumo aparente de bens industriais cresceu 5,9% no Brasil em agosto, uma aceleração em relação aos 3,9% registrados no mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça (6) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

A alta é maior do que o crescimento da produção medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mesmo mês, que ficou em 3,2%. No trimestre encerrado em agosto, a demanda por bens industriais cresceu 5,5%, diz o Ipea.

Em relação às grandes categorias econômicas, o bom desempenho foi disseminado, diz o Ipea, com destaque para os bens de consumo duráveis, que tiveram alta de 14,2% em relação ao mês anterior. Os bens intermediários cresceram 5,7% e os bens de capital ficaram estagnados.

A demanda por bens da indústria de transformação subiu 4,3%. Já a indústria extrativa teve alta de 18,3%, mas sobre uma base menor, já que havia recuado 17,9% no mês anterior.

Entre os 22 setores industriais pesquisados, 15 tiveram aumento na demanda. O Ipea destaca os segmentos de veículos e metalurgia, com altas de 18,6% e 12,3%, respectivamente. Os dois estiveram entre os que mais sofreram no início da pandemia.
Houve crescimento expressivo também na demanda por produtos de couro (14,4%), vestuário (12,1%), têxteis (11,9%) e petróleo e derivados (9,2%).

Entre as quedas, estão basicamente indústrias que não chegaram a sofrer tanto com a pandemia, como farmoquímicos (-5,7%), bebidas (-2,8%) e alimentos (-1,8%). Também experimentaram uma demanda menor os segmentos de fumo (-4,3%) e madeira (-3,8%).

Na comparação com agosto de 2019, a demanda por bens industriais no Brasil foi -7,6%% menor, reduzindo a intensidade de queda em relação aos -12,1% do mês anterior. Apenas três segmentos tiveram alta nessa base de comparação: bebidas (12,7%), metal (6,1%) e não-metálicos (2,2%).

As piores quedas ocorreram no consumo de veículos (-28,7%), vestuário (-25,7%) e couros (-25,4%), os três segmentos mais afetados pelas restrições à circulação de pessoas durante a pandemia.

Em 12 meses, a demanda por bens industriais no Brasil acumula queda de 5,9%. Nesse mesmo período, a produção industrial caiu 5,7%, segundo o IBGE.

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