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Dólar passa a oscilar, após falas de Lira e Pacheco sobre cortes de gastos; Ibovespa sobe

O dólar subia 0,23%, cotado a R$ 6,0029, às 14h10. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,1156, enquanto na mínima foi a R$ 5,9564.

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Foto: Pixabay/Ilustrativa

O dólar perdeu o ímpeto visto pela manhã e operava com volatilidade no começo da tarde desta sexta-feira (29), no último pregão de novembro. O movimento veio na esteira de comentários dos líderes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Após o estresse do câmbio visto na véspera, em meio às incertezas sobre o pacote de cortes de gastos anunciado pelo governo federal (entenda mais detalhes ao final desta reportagem), o mercado recebeu positivamente as sinalizações de Lira e Pacheco sobre as medidas econômicas.

Nesta sexta-feira, Lira afirmou que a Câmara terá “boa vontade” com a análise de medidas de cortes de gastos e que qualquer iniciativa de renúncia de receitas será avaliada pelos parlamentares somente no ano que vem, com uma análise cuidadosa das fontes de financiamento.

Já Pacheco disse que sua posição em relação ao pacote anunciado pela equipe econômica é de “apoio com restrições e possibilidade de incremento”.

Além do cenário fiscal, investidores também reagem aos dados de emprego divulgados na manhã desta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego caiu a 6,2% no trimestre terminado em outubro, no menor patamar da história, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, inverteu o sinal negativo visto pela manhã e operava em alta.

Dólar

Às 14h10, o dólar subia 0,23%, cotado a R$ 6,0029. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,1156, enquanto na mínima foi a R$ 5,9564. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda subiu 1,30%, cotada a R$ 5,9891. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0029.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 3,02% na semana;
  • ganho de 3,59% no mês;
  • alta de 23,42% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,44%, aos 125.157 pontos.

Na véspera, o índice encerrou em queda de 2,40%, aos 124.610 pontos.

Essa foi a maior variação negativa diária desde 2 de janeiro de 2023, quando o índice recuou 3,06%, destaca o consultor Einar Rivero, CEO da Elos Ayta. Das 86 ações que compõem a carteira, apenas 8 registraram rentabilidade positiva.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 3,50% na semana;
  • perdas de 3,93% no mês;
  • recuo de 7,14% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Após a repercussão negativa vista na véspera, com uma percepção de risco alta no mercado diante das incertezas com o pacote de cortes de gastos do governo federal e em meio ao anúncio de aumento da isenção do IR, novas falas de Haddad e dos líderes da Câmara e do Senado acalmaram os ânimos dos investidores nessa sexta-feira (29).

Em uma rede social, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que os deputados darão “todo esforço, celeridade e boa vontade” para aprovar as medidas de cortes de gastos anunciadas pelo governo, reafirmando o “compromisso inabalável” da Casa com o arcabouço fiscal.

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, afirmando que a reação do mercado ao pacote fiscal foi exagerada e precipitada.

“O ministro Haddad fez um esforço danado, propôs reduções de despesas importantes, que não foram enfrentadas pelos últimos governos. E o mercado não reconhece isso”, disse Pacheco.

Por g1 economia

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