O Ministério Público da Paraíba (MPPB) investiga denúncia de que as distribuidoras de gás de cozinha na Paraíba estariam mantendo apenas 70% do abastecimento do produto aos consumidores. O órgão deu um prazo de cinco dias para as distribuidoras na Paraíba apresentarem informações sobre as cotas de GLP recebidas nos dez dias que antecederam à greve dos caminhoneiros, iniciada no dia 21 de maio, e nos dias posteriores à greve, até hoje.
Um procedimento administrativo extrajudicial foi instaurado pelo MPPB para averiguar o desabastecimento de gás de cozinha no Estado da Paraíba. O diretor em substituição do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon), Francisco Bergson Formiga, vai requisitar também à Petrobras, em dez dias, informações sobre as cotas de GLP fornecidas às distribuidoras desse produto no porto de Suape, em Pernambuco.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinregás-PB), Marcos Bezerra, disse que a Petrobras informou estar fornecendo 100% da cota de gás às distribuidoras, mas estas estariam fornecendo apenas 70%. “Isso aí deve estar parando em outro lugar, que eu não sei onde é. Eles é que vão dar a informação ao Ministério Público”, disse, afirmando que há desencontro de informações.
A reunião no MPPB contou com a participação de representantes das distribuidoras Liquigás, Copagaz, Ultragaz, Minasgás e Nacionalgás.
O representante da Liquigaz, Inácio Dantas, informou que os quatro estados nordestinos que recebem GLP da Petrobras pelo porto de Suape (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas), têm recebido a mesma cota do produto.