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Volume do PIB da Paraíba teve queda 0,1% em 2017

Além da Paraíba, apenas Rio de Janeiro e Sergipe apresentaram queda no volume do PIB naquele ano.

Volume do PIB da Paraíba teve queda 0,1% em 2017

Resultado divulhgado pelo IBGE é referente ao ano de 2017 — Foto:Reprodução

O Produto Interno Bruto (PIB) da Paraíba registrou uma queda de 0,1% no volume em 2017, em comparação a 2016, segundo os dados do Sistema de Contas Regionais, 2010-2017, divulgados pelo IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística e Secretarias Estaduais de Governo, nesta quinta-feira (14). 

Juntamente com Rio de Janeiro e Sergipe, o estado foi um dos únicos do país a registrar variação negativa de volume. Apesar disso, o crescimento nominal – que não considera o desconto da inflação – foi de 5,6% no mesmo período e o montante atingiu R$ 62,39 bilhões.

O PIB paraibano teve uma participação de 6,5% no total do Nordeste e de 0,9% no nacional. Do total do estado, 89,2% corresponde ao valor adicionado bruto e 10,8% aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.

Em termos de volume, a economia do estado manteve-se praticamente estável, já que a variação em volume foi de -0,1%, influenciada pelo desempenho negativo da Indústria (-4,5%), não compensada pela variação dos Serviços (0,5%). Contudo, observa-se uma relativa recuperação econômica no estado, visto que, os dois anos anteriores foram de queda mais acentuada.

O crescimento acumulado do PIB paraibano, na série histórica entre 2010-2017, foi de 12,9%. Os resultados demonstram que os valores acumulados estão acima da média do Brasil (3,7%) e também do Nordeste (6,5%). Entre os estados da região Nordeste, a Paraíba apresentou o 3º melhor resultado no período.

A Agropecuária foi o grupo de atividade que mais cresceu em volume (8,9%) devido ao ganho de todas as atividades: agricultura, inclusive o apoio à agricultura e a pós-colheita (6,4%); pecuária, inclusive o apoio à pecuária (12,2%); e produção florestal, pesca e aquicultura (9,5%). Apesar disso, o setor perdeu participação na economia estadual, de 4,1% para 3,9%, devido à redução nos preços da agricultura, principalmente no cultivo de cana-de-açúcar, produto de grande peso para a agricultura paraibana, que teve retrações significativas em volume e em preço.

Já a Indústria registrou variação em volume de -4,5%, depois de ter apresentado variação de -8,4% em 2016. Influenciaram nesse desempenho os recuos em volume de Indústrias extrativas (-15,3%); de Construção (-11,2%); e de Indústrias de transformação (-3,5%). Destacam-se a construção de edifícios e obras de infraestrutura, na “construção”, e a fabricação de produtos têxteis e de produtos de minerais não metálicos, em “indústrias de transformação”.

Por outro lado, a atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação contribuiu positivamente com 6,2%, em função do aumento da produção de geradoras de energia eólica e do tratamento e distribuição de água e esgoto.

O grupo de atividade de Serviços aumentou a participação em 0,7 ponto percentual, passando a concentrar 81% da economia do estado, em 2017, apesar da variação em volume relativamente baixa (0,5%).

O resultado foi influenciado pela queda do Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, tanto em volume (-3,0%) como em participação (-1,8 pontos percentuais). Também recuaram em volume, porém ganharam em participação as atividades: transporte, armazenagem e correio (-2,5%), sobretudo o transporte rodoviário de passageiros e de carga; atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (-0,7%) e administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (-0,1%). Por outro lado, contribuíram com variações positivas para o total dos serviços principalmente as atividades:alojamento e alimentação (7,2%); informação e comunicação (8,5%); atividades imobiliárias (2,4%); e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,1%).

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