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Programa de desestatização do BNDES no governo Temer agora quer privatização da PBGás

O diretor presidente da PBGás, George Ventura Morais, descartou qualquer intenção de privatizar a PBGás

Programa de desestatização do BNDES no governo Temer agora quer privatização da PBGás

De acordo com o governo federal, o objetivo é elevar a capacidade de investimentos das companhias — Foto:Walla Santos

Não satisfeito com a recusa do Governo da Paraíba de privatizar a Cagepa, o governo federal avança agora em outro setor. A venda de distribuidoras estaduais de gás natural é o novo alvo do programa de desestatização do BNDES. De acordo com matéria do O Globo, o banco já tem sinalização de sete estados interessados em vender integral ou parcialmente suas participações nas empresas, entre eles o de Pernambuco, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. A Paraíba não é um deles. 

O diretor presidente da PBGás, George Ventura Morais, descartou qualquer intenção de privatizar a PBGás. “Até o presente momento não passa de especulação. A decisão é de competência exclusiva do Governo do Estado”, disse George, assegurando que não há qualquer estudo ou solicitação quanto a isso. 

De acordo com o governo federal, o objetivo é elevar a capacidade de investimentos das companhias, para expandir a malha de dutos e atingir novos clientes, além de levantar recursos para os estados, alegando o momento de crise que atravessam. A previsão é fazer os leilões no terceiro trimestre de 2018.

Hoje, com exceção de duas distribuidoras no Rio (Ceg e Ceg-Rio) e duas em São Paulo (Comgás e Gas Natural Fenosa), as demais 22 distribuidoras no país têm controle estatal. Na maior parte delas, os governos estaduais detém 51% das ações com direito a voto. O restante ou está nas mãos da Gaspetro (sociedade entre Petrobras e a japonesa Mitsui) ou está dividido entre ela e sócios minoritários privados. A própria Mitsui, além da participação via Gaspetro, está presente diretamente em algumas distribuidoras.

Para especialistas, a entrada de novos investidores privados nas distribuidoras pode ajudar a massificar o consumo de gás natural no Brasil, ainda muito reduzido, com vantagens para os consumidores. O gás natural canalizado é realidade em apenas 440 dos 5.570 municípios brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). E está presente em apenas três milhões de residências, de um universo de 68 milhões de domicílios no país. Aonde ele não chega é preciso recorrer ao GLP (gás de botijão) ou a lenha, por exemplo, para esquentar comida.

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