Pesquisa

Quase 90% dos empresários paraibanos precisaram interromper ou alterar seus negócios durante pandemia

Sebrae entrevistou 97 empresários na Paraíba para a pesquisa. Enquanto 47,5% tiveram que alterar a forma de funcionamento da empresa, 42,2% decidiram interromper temporariamente as atividades.

Quase 90% dos empresários paraibanos precisaram interromper ou alterar seus negócios durante pandemia

Pequenos empresários tiveram que reinventar seus negócios, alguns pararam atividades — Foto:Divulgação

A pandemia provocada pelo coronavírus e a consequente necessidade do distanciamento social e da restrição de mobilidade da população para combatê-lo continuam gerando reflexos na rotina dos pequenos negócios paraibanos. É o que revela a terceira edição da pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae Nacional para acompanhar a situação das micro e pequenas empresas e auxiliar os empreendedores a lidarem com os desafios e as dificuldades impostos pela nova realidade do mercado.

Conforme os números da pesquisa, que na Paraíba entrevistou 97 empresários, 89,7% deles precisaram interromper ou alterar o funcionamento do negócio em razão da pandemia. Desse percentual, 47,5% informaram que promoveram mudanças no funcionamento da empresa, enquanto 42,2% decidiram interromper temporariamente as atividades do negócio. Além deles, outros 5,1% dos entrevistados disseram que não mudaram a forma de funcionar, enquanto 5,2% optaram por encerrar de vez as atividades da empresa.

Outro ponto abordado pela pesquisa trata das novas medias que os empreendedores entrevistados resolveram iniciar por causa da crise do coronavírus. Segundo os números, 39% informaram que começaram a realizar vendas online com o uso das redes sociais, 11% a fazerem o gerenciamento das contas da empresa pelo aplicativo do banco e 10% a realizarem vendas por telefone e aplicativos móveis.

Nesse mesmo universo, 4% disseram que estão com seus funcionários trabalhando em regime de home office, 4% estão participando de comunidades que são de interesse dos clientes para poder interagir e realizar vendas, 3% fizeram parcerias com empresas locais para entregas ou vendas conjuntas, 3% realizaram pagamento por propaganda na internet e apenas 1% começou a vender através de sites.

Já em relação ao futuro, a maior parte dos empresários entrevistados, 45,2%, acredita que a economia deve voltar ao normal em até seis meses. Outros 36% disseram que isso só deve acontecer em um período entre 7 e 12 meses. Já 17,8% acreditam que a economia vai levar mais de 12 meses para voltar ao normal, enquanto 1% dos entrevistados não soube ou não quis responder.

Na avaliação da gerente de Estratégia do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, os dados da pesquisa refletem não apenas os impactos da pandemia nos pequenos negócios, mas também as tendências que estão surgindo com o novo cenário.  

“A pandemia ocasionada pelo coronavírus parece ter rompido de vez as estruturas do mundo velho e provocado o surgimento de um mundo novo, onde os empreendedores são os protagonistas para uma revolução digital. Isso tem assustado, pois agora as empresas são obrigadas a aprender tudo da noite para o dia, pois se não se adequarem, não poderão se manter funcionando. Apesar disso, as plataformas digitais são apenas uma das formas de atingir ao cliente, ou seja, ter um bom modelo de negócio continua sendo essencial para que a empresa seja escolhida pelo consumidor”, enfatizou.

COMPARTILHE

Bombando em Economia

1

Economia

Ministro do STF acata pedido do governo e suspende desoneração da folha

2

Economia

Relatoria do projeto sobre reforma tributária na Câmara pode sair nesta semana

3

Economia

Governo propõe zerar impostos de 18 itens da cesta básica; confira lista

4

Economia

Com R$ 400 milhões em investimentos, feira que busca atrair empreendimentos para o centro de João Pessoa acontece na próxima semana

5

Economia

Amde renova parceria com Banco do Nordeste e oferece condições especiais de crédito para empreendedores de Campina Grande