O diretor social da ADUFCG, Thiago Neves, disse ao ClickPB que amanhã (26) a associação e a ADUEPB, denunciadas, se reunirão com seus setores jurídicos para avaliar se entrarão com ação judicial contra a apreensão do material “Manifesto dos Professores e das Professoras da UFCG”. As diretorias da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) e da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB) se reuniram na tarde desta quinta-feira (25) para discutir a operação da Polícia Federal na manhã de hoje.
A PF apreendeu material informativo da entidade na UFCG sob ordem da Justiça Eleitoral, que considerou que os panfletos têm conteúdo em favor de um candidato.
O dirigente informou ao ClickPB que considera a ação um ato de censura e que não foi apreendido material de apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad. “Isso é informação falsa. Estão dizendo que foi desarticulado um comitê de campanha do PT, na UFCG. Isso é fake news.”
Thiago Neves explicou ainda sobre os panfletos apreendidos. “Todo manifesto é político, mas não em defesa de um candidato, na forma como as pessoas interpretam. Não há uma sucursal do PT aqui dentro da ADUFCG. Acreditamos em censura. Esse é mais um fato que nos alerta do quanto nesse momento atual estamos com as liberdades ameaçadas, impedidos de expressar nossas ideias. Tudo isso está ameaçado.”
O ClickPB entrou em contato com a assessoria de imprensa da UFCG, a qual informou que ainda não há manifestação da reitoria sobre a ação da Polícia Federal na ADUFCG. Contudo, ontem (24), o reitor assinou uma nota em que defende “o respeito às diferenças, a defesa do convívio saudável, a preservação do interesse acadêmico e, acima de tudo, a preservação do elevado conceito institucional perante a sociedade.”
Veja a nota na íntegra da UFCG.
A Universidade Federal da Paraíba (UEPB) emitiu nota em que defende que “a troca de ideias na Universidade, em relação a quaisquer que sejam as teses, os temas ou mesmo candidaturas, não é de controle, em hipótese alguma, de tribunal algum.”
Veja na íntegra a nota da UEPB.