Ciência

Após apagão, presidente do CNPq diz que não há perda de dados da plataforma Lattes

A perda de informações era um temor entre pesquisadores e funcionários do órgão.

Após apagão, presidente do CNPq diz que não há perda de dados da plataforma Lattes

Vilela pediu desculpas pelos transtornos e reforçou que não haverá atrasos nos pagamentos de bolsas. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — A gestão Jair Bolsonaro garantiu nesta quarta-feira (28) que o problema que derrubou as plataformas Lattes e Carlos Chagas não provocou perda de dados. Ainda não há prazo para que os sistemas voltem ao ar.

Em vídeo divulgado nesta tarde, o presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Evaldo Vilela, diz que há backup das informações contidas nas plataformas, que são as principais da pesquisa brasileira. A perda de informações era um temor entre pesquisadores e funcionários do órgão.

“O backup das informações está garantido. Sabemos que essa é grande preocupação e foi nossa prioridade ter certeza dessa garantia para poder informar o mais rápido possível toda comunidade”, disse ele no vídeo.

Vilela pediu desculpas pelos transtornos e reforçou que não haverá atrasos nos pagamentos de bolsas. Os prazos para ações como a submissão de propostas, prestação de contas e de vigência das bolsas estão suspensos e serão prorrogados.

As plataformas Lattes e Carlos Chagas vivem um apagão desde sexta (23) após uma falha na área de tecnologia. O Lattes é um banco de dados com todos os currículos de pesquisadores, e ações como a aprovação de bolsas dependem da consulta à plataforma — de acordo com Vilela, o restabelecimento da plataforma é a maior prioridade.

Já pela Carlos Chagas é que se operacionalizam chamadas públicas e editais de fomento à pesquisa, gestão e pagamento de bolsas. Cerca de 84 mil pesquisadores são financiados com recursos do CNPq, mas outros órgãos de pesquisa também realizam operações ancoradas no Lattes.

O presidente do CNPq confirmou que o apagão dos sistemas foi provocado pela queima de um dispositivo em um equipamento que tem a função de controlar os servidores onde as plataformas ficam hospedadas. Isso ocorreu durante a migração dos dados para um novo servidor. Ele descartou a ação de um hacker.

Em email obtido pela reportagem, um funcionário do CNPq relatou, na segunda (26), que o principal servidor do CNPq teria sido atingido e que ele estaria fora da garantia e sem contrato de manutenção. Isso impediria um reparo imediato e traria a necessidade de contratação de empresa externa.

O diagnóstico do problema foi concluído por duas empresas contratadas. O governo ainda busca um equipamento para substituir o danificado, o que deve ocorrer até quinta (29), segundo o governo.

Funcionários apontam a falha como reflexo da queda de orçamento pela qual vive o CNPq, o que é rechaçado pelo presidente do CNPq. “Ressalto que o problema da TI não está relacionado ao orçamento”, disse Vilela.

De acordo com o diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do órgão, Thales Marçal, a modernização de toda infraestrutura das plataformas já estava em andamento, com a aquisição de um novo servidor. “O processo de migração de todos os sistemas já estava em andamento. É um processo lento e foi no meio desse processo que o equipamento antigo apresentou o problema”, disse ele no vídeo.

O backup está sendo instalado no novo servidor, segundo Marçal. “São quase 7 milhões de currículos. Já foi iniciada [a instalação] e falta cerca de 48 horas para finalizar.”

Ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o CNPq tem em 2021 o menor ao menos desde 2012, mesmo em valores nominais. A dotação atualizada do órgão para o ano é de R$ 1,2 bilhão — entre 2013 e 2015, por exemplo, o orçamento executado superou os R$ 2 bilhões.

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