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‘É como se não existisse mais o domínio do Facebook’, diz especialista sobre falha DNS, apontada pela empresa como origem do problema

No Brasil, o site do Facebook apresenta uma falha de Domain Name System (DNS) - o que pode indicar a causa do problema.

'É como se não existisse mais o domínio do Facebook', diz especialista sobre falha DNS, apontada pela empresa como origem do problema

Na mira: Facebook pede que juíz rejeite ação revisada da FTC contra a empresa Foto: — Foto:Andrew Harrer / Bloomberg

RIO — A instabilidade enfrentada pelas principais redes do grupo FacebookInc. – que controla o Instagram, Facebook, Messenger e WhatsApp – pode ser decorrente de uma falha de DNS. É o que apontam especialistas e o próprio site do Facebook aos usuários.

No Brasil, o site do Facebook apresenta uma falha de Domain Name System (DNS) – o que pode indicar a causa do problema.

Essa também é a avaliação de Vivaldo José Breternitz, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ele considera que uma eventual falha de DNS (sigla para Domain Name System, sistema de nomes de domínio), pode ser responsável pela instabilidade enfrentada pelas redes de Mark Zuckerberg nesta segunda-feira.

Segundo o professor, o DNS é um sistema que controla o encaminhamento dos usuários aos destinos, ou seja, ao sistema do site que está sendo buscado. Esse sistema converte os nomes de domínio legíveis por humanos (por exemplo, www.facebook.com) em endereços IP.

Sem seu funcionamento, ele poderia levar ao erro 500 – quando o servidor não consegue completar a solicitação do usuário. Este é o erro que aparece no Instagram.

— O sintoma (do erro) é o seguinte: esse negócio simplesmente desaparece como se não existisse mais o domínio Facebook — diz Breterniz.

Em julho, uma queda de DNS afetou a Akamai, que fornece serviços de hospedagem por DNS (sistema de nomes de domínio), impactando uma série de empresas mundo a fora que utilizam seus serviços.

Para o especialista, caso este seja mesmo a causa do problema, é comum que a falha aconteça em todo lugar onde usuários utilizam o serviço – neste caso, em escala global como ocorre com o Facebook -, o que sugere que este seja efetivamente o problema enfrentado pela plataforma.

— É até mais comum (a falha ser global). Um problema mais localizado seria, por exemplo, caso tivéssemos uma falha em um cabo submarino que traz as mensagens. E tudo isso o pessoal “re-roteia”, troca os rumos das mensagens e isso demoraria alguns minutos para voltar ao normal.

Ainda que não sejam descartadas eventuais falhas feitas por humanos, ou até mesmo ataques cibernéticos, o professor avalia que este não deve ser o caso – uma vez que as Big Techs, apesar de sofrerem tentativas de ataques cibernéticos constantemente, possuem preocupação excessiva com essa questão.

Facebook enfrenta “conjunto de notícias ruins”

A instabilidade pela qual passa o Facebook hoje ocorre em meio ao que Vivaldo Breterniz, professor da Mackenzie, chama de “conjunto de notícias ruins”. É que, além das redes de Zuckerberg não estarem disponíveis aos usuários, sua empresa lida com dois assuntos delicados.

Uma ex-funcionária do Facebook, que trabalhou como gerente de produto na equipe de desinformação cívica da rede social, quebrou o anonimato no último domingo.

Frances Haugen, de 37 anos, revelou ter sido a responsável por procurar John Tye, fundador da organização sem fins lucrativos Whistleblower, que representa pessoas que buscam expor ilegalidades em potencial.

Haugen, que disse que teve acesso a dezenas de milhares de páginas de documentos internos na companhia, conta ter fornecido documentos internos a jornalistas que mostram que a empresa sabia que causava danos a usuários e que a rede social ‘prefere lucro à segurança’.

Além disso, o Facebook briga na justiça americana para que um juiz rejeite o caso revisado de antitruste do governo dos EUA, que visa forçar o gigante de mídia social a vender o Instagram e o WhatsApp.

— É um conjunto de notícias ruins para o Facebook — diz Breternitz.

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