Pela primeira vez, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) convidou a União Europeia para ser observadora das eleições no Brasil. A entidade ainda não respondeu, mas a tendência é que envie uma comitiva ao país para monitorar o pleito de outubro.
Nas eleições de 2018 e 2020, o Brasil recebeu observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos). A avaliação da entidade é que a votação no Brasil ocorreu de maneira segura e íntegra, representando a vontade popular. Neste ano, a OEA também deve integrar o grupo de avaliadores.
O TSE confirmou ao R7 que, além da União Europeia, convidou entidades como Carter Center, Ifes (Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais), Uniore (União Interamericana de Organismos Eleitorais), Parlasul (Parlamento do Mercosul) e CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). De acordo com a corte, todas as conversas estão em andamento.
A presença dos organismos internacionais é vista no TSE como uma necessidade de ressaltar a segurança do sistema eletrônico de votação e destacar que a comunidade internacional está atenta ao desenrolar das eleições no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados têm questionado a segurança das urnas e chegaram a falar em fraude nas eleições de 2018.
Ministros do TSE têm destacado que o resultado do pleito deve ser respeitado, independentemente de quem vença. O ministro Edson Fachin, atual presidente da corte, afirmou que existe uma preocupação com a segurança da votação e da campanha, assim como com a integridade dos candidatos. Em 2018, o presidente Bolsonaro foi atingido por uma facada durante ato de campanha em Minas Gerais.