Octógono

Anderson Silva volta após dois anos e perde para o ‘fã’ Adesanya em grande luta

Aos 43 anos, o ídolo brasileiro do MMA foi derrotado por decisão unânime da arbitragem pelo nigeriano Israel Adesanya, seu fã confesso.

Anderson Silva volta após dois anos e perde para o ‘fã’ Adesanya em grande luta

Brasileiro resistiu bravamente à sua "versão mais jovem" — Foto:Reprodução

Anderson Silva não venceu, mas deu um verdadeiro show em seu retorno ao octógono após dois anos afastado. Aos 43 anos, o ídolo brasileiro do MMA foi derrotado por decisão unânime da arbitragem pelo nigeriano Israel Adesanya, seu fã confesso e apontado como a versão mais jovem do “Spider”, tanto por sua qualidade quanto por carisma, na luta principal do UFC 234, na Arena Rod Laver, em Melbourne, na Austrália, na madrugada deste domingo, 10.

O evento teria como luta principal a disputa do cinturão peso-médio entre o atleta local Robert Whittaker, que defendia o título, e o americano Kelvin Gastelum. No entanto, Whittaker sofreu uma hérnia de abdômen no dia da luta e teve de ser hospitalizado; Gastelum ficou com o cinturão, apesar de o UFC ainda não tê-lo oficializado como campeão.

Diante da decepção pela ausência do ídolo local, Anderson e Adesanya protagonizaram um grande espetáculo. O brasileiro não lutava desde fevereiro de 2017, quando venceu Derek Brunson no UFC 208, pois foi suspenso pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês) ao ser flagrado em exame antidoping no fim daquele ao. Mas demonstrou boa forma física, além da irreverência e qualidade de sempre.

Adesanya, atleta de 29 anos e dupla nacionalidade (nigeriana e neozelandesa), já era tratado como uma das maiores promessas do MMA e confirmou seu favoritismo diante do ídolo, e se manteve invicto no MMA, com 16 vitórias , sendo 13 por nocaute. Ao fim da luta, Adesanya disse que lutar contra o ídolo Anderson era como “jogar basquete contra Michael Jordan”. E se credenciou a lutar pelo cinturão dos pesos-médios.

Os três rounds foram empolgantes e equilibrados. Influenciado pelo estilo “debochado” que marcou a carreira de Anderson Silva, Adesanya começou melhor, tentando encaixar golpes e desestabilizar o brasileiro com provocações. Anderson, porém, deu o troco na mesma moeda, distribuindo alguns golpes e sorrisos irônicos que levantaram o público.

Apesar da evidente limitação física, o ex-campeão não se contentou em apenas defender e conseguiu assustar Adesanya, 14 anos mais jovem, com bons golpes, incluindo uma joelhada voadora que, por pouco, passou no vazio. Mesmo diante dos gritos de sua equipe para que “levantasse a guarda”, Anderson começou a curtir o momento e provocar o adversário. No entanto, não conseguiu escapar dos golpes que, se não o derrubaram em nenhum momento, foram suficientes para que o nigeriano vencesse por decisão unânime.

Ao final da luta, em lindo gesto de esportividade, os dois se abraçaram e trocaram elogios, em uma espécie de “passagem de bastão” simbólica. “Você fez isso por muito tempo. UFC 90, me lembro de assistir os DVDs”, sussurrou o jovem ao ídolo” antes mesmo de saber o resultado oficial da edição 234.

“É como se eu eu jogasse basquete contra Michael Jordan. Anderson, obrigado, meu amigo”, completou Adesanya, já declarado vencedor. Ele ainda teve tempo de provocar Gastelum, novo campeão da categoria Kelvin, que estava próximo ao octogono. “Kevin, abaixa esse cinturão”, disse, deixando claro qual é seu próximo objetivo. 

“Eu estou muito feliz. Quero agradecer a Deus por me dar mais uma chance de vir e fazer meu melhor. Amo meu trabalho. Sei que é duro, este cara é incrível, é forte. Mas este é meu coração, por isso continuo lutando”, discursou Anderson, que disse que pretende lutar novamente este ano, no UFC 327, na Arena da Baixada, em Curitiba, em maio. Nas redes sociais, diversos lutadores, como o irlandês Conor McGregor reverenciaram o brasileiro. 

“Performance fenomenal. O veterano traiçoeiro. Muito respeito, sempre. Seria uma honra (enfrentá-lo), afirmou o irlandês no Twitter. 

As lutas anteriores do card principal tiveram brasileiros envolvidos, sem sucesso: o brasiliense Rani Yahia perdeu para o americano Ricky Simon por decisão unânime, enquanto o paulista Marcos “Dhalsim” Mariano foi finalizado pelo americano Lando Vannata com uma chave-de-braço.

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