Esporte

Ex-número 1 do mundo, tenista Maria Sharapova anuncia aposentadoria aos 32 anos

Em entrevista exclusiva à revista americana "Vanity Fair", ela falou sobre a necessidade de encerrar a carreira após inúmeras lesões e batalhas contra o próprio corpo.

Ex-número 1 do mundo, tenista Maria Sharapova anuncia aposentadoria aos 32 anos

Sharapova também confirmou a aposentadoria através de suas redes sociais, onde postou uma foto da infância, já acompanhada de sua principal companheira durante os inúmeros confrontos em quadra: a raquete. — Foto:Reprodução

Aos 32 anos, Maria Sharapova anunciou nesta quarta-feira que se aposentou das quadras. Em entrevista exclusiva à revista americana “Vanity Fair”, ela falou sobre a necessidade de encerrar a carreira após inúmeras lesões e batalhas contra o próprio corpo. A russa é ex-número 1 do mundo e dona de cinco títulos em Grand Slam.

— Como você deixa para trás a única vida que você já conheceu? Como você se afasta das quadras em que treinou desde pequena, o jogo que você ama — um jogo que lhe trouxe lágrimas e alegrias incontáveis — um esporte em que você encontrou uma família, junto com fãs que se uniram por mais de 28 anos? Eu sou nova nisso, então por favor me perdoe. Tênis — estou me despedindo — escreveu à Vanity.

Sharapova também confirmou a aposentadoria através de suas redes sociais, onde postou uma foto da infância, já acompanhada de sua principal companheira durante os inúmeros confrontos em quadra: a raquete.

— O tênis me mostrou o mundo — e me mostrou do que eu era feita. Foi assim que me testei e como medi meu crescimento. E assim, independentemente do que eu escolher para o meu próximo capítulo, minha próxima ‘montanha’, ainda estarei me esforçando. Ainda vou evoluir. Eu ainda estarei crescendo — publicou.

Em grande parte da carreira, o corpo de Sharapova foi seu maior adversário. Desde março de 2007, quando teve sua primeira batalha contra o ombro direito (operado duas vezes), foram pelo menos outras dez lesões. Braço, cotovelo, coxa e tornozelo também não foram poupados. Em 2016, foi flagrada no exame antidoping por uso da substância Meldonium durante o Aberto da Austrália. Como punição, ficou dois anos fora da quadra.

— Eu aceitei esses sinais finais quando eles vieram.Um deles aconteceu em agosto do ano passado durante o Aberto dos Estados Unidos. Atrás de portas fechadas, trinta minutos antes de entrar na quadra, eu tinha um procedimento para ‘entorpecer’ meu ombro… Compartilho isso não para obter pena, mas para pintar minha nova realidade: meu corpo se tornou uma distração — contou através do Vanity Fair.

Dentro de quadra, Sharapova é considerada uma das maiores tenistas de todos os tempos. A russa conquistou os maiores títulos da modalidade, em diferentes pisos. Seu primeiro título de Grand Slam foi na grama de Wimbledon, em 2004. Dois anos depois, ela venceu no piso duro durante o Aberto dos Estados Unidos. Em 2008, ela levou o Aberto da Austrália. E mais recentemente, em 2012 e 2014, foi campeã no saibro de Roland Garros. A russa também tem uma prata olímpica, nos Jogos de Londres, em 2012.

“Minha fortaleza mental sempre foi minha arma mais forte. Mesmo que meu oponente fosse fisicamente mais forte, mais confiante — e até melhor — eu poderia perseverar”

Em 2010, a tenista foi considerada a atleta mais bem paga de todo o mundo. Atualmente, a russa ocupava a posição de número 373 no ranking da WTA. Seu último torneio foi em janeiro de 2020. Na ocasião, Sharapova perdeu na estreia do WTA de Brisbane, na Austrália, para Jennifer Brady (45ª). A americana venceu por 2 sets a 1.

“Dizendo adeus”

Na “carta de despedida” aos fãs, publicada na “Vanity Fair”, Sharapova faz uma espécie de viagem pela própria carreira. Em Sochi, na Rússia, ela deu os primeiros passos no tênis aos quatro anos, inspirada pelo pai. Após 28 anos, ela expressou gratidão ao esporte e garantiu que sentirá saudades da antiga rotina.

— Ao dar minha vida ao tênis, o tênis me deu uma vida. Sentirei falta todos os dias. Vou sentir falta do treinamento e da minha rotina diária: acordar de madrugada, amarrar o sapato esquerdo à direita e fechar o portão da quadra antes de acertar minha primeira bola do dia. Vou sentir falta da minha equipe, dos meus treinadores. Vou sentir falta dos momentos sentados com meu pai no banco da quadra de treino. Os apertos de mão — ganhar ou perder — e os atletas, sabendo ou não, que me pressionaram a ser o meu melhor — disse.

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