Ronaldinho Gaúcho, que está na mira de Flamengo, Grêmio e Palmeiras para a temporada 2011, recusou, há quase dez anos, uma proposta milionária de renovação de contrato oferecida pelo Tricolor gaúcho para jogar na Europa.
A proposta salarial previa dois anos de contrato. Nos primeiros 12 meses, Ronaldinho receberia R$ 300 mil mensais. Do 13º ao 24º mês, o valor subiria para R$ 400 mil e o astro também receberia ainda luvas de R$ 19,6 milhões, distribuídas em três parcelas. No total, o jogador receberia R$ 28 milhões por duas temporadas (R$ 1,2 milhão por mês).
Mesmo diante de valores tão expressivos, Ronaldinho manteve-se firme na sua convicção de deixar o estádio Olímpico. Na época, o representante do Paris Saint-Germain no Brasil, Eric Lovey, disse que o Grêmio teria direito a receber R$ 7,7 milhões pela negociação. Contudo, no Tricolor gaúcho a tese era de que o PSG estava sequestrando o jogador.
O clube estudava um recurso para impedir a saída de seu craque por valor que considerava irrisório – especulava-se que o atleta poderia render até R$ 135 milhões (US$ 80 milhões). A direção gremista analisava, junto ao Clube dos 13, a possibilidade de solicitar ao então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o adiamento da vigência da nova Lei do Passe. A nova legislação permitia que atletas assinassem um pré-contrato com outro clube quando restassem seis meses para o término de seu atual vínculo.
m mês depois das tratativas, sabedor de que perderia a batalha, o então presidente do Grêmio, José Alberto Guerreiro, o mesmo que em 1999 mandara colocar na frente do estádio Olímpico uma faixa com os dizeres "Não vendemos craques", disse que "Ronaldo não jogaria mais no Grêmio". Guerreiro comparou a saída de Ronaldinho com a história de Assis, irmão e empresário do astro, que deixou o clube ainda jovem para atuar na Europa.
– Isso é hereditário. O Ronaldinho sempre disse que seria cedo uma transferência para o futebol europeu porque ainda não tinha maturidade e, de repente, aparece com um contrato com o PSG.
R7