Priorizar os estudos e a carreira profissional tem levado muitas mulheres a adiar a maternidade, mas a realidade de que os óvulos também envelhecem pode trazer consequências na saúde do feto. Por isso, muitas têm optado pelo congelamento dos óvulos, a exemplo da cantora paraibana Juliette Freire, vencedora do BBB21.
A cantora decidiu congelar seus óvulos aos 34 anos porque não pretende ser mãe ainda. Sua intenção é investir na carreira musical iniciada em 2021, quando deixou o reality. “Eu sempre quis fazer [o congelamento dos óvulos], mas não tinha dinheiro. Como a gente estudava muito e, para a mulher, a maternidade não impede, mas dificulta muito o trabalho ou a faculdade, eu tinha consciência que não queria ser mãe jovem. Sempre foi uma certeza”, explicou.
O embriologista especializado em reprodução humana, Paulo Matheus, explicou como funciona o método.
“O congelamento de óvulos oferece liberdade para a mulher engravidar depois dos 38 anos. Normalmente, as mulheres estão focadas em desenvolver suas carreiras, viajar e encontrar um parceiro. O ideal é que até os 35 anos ela congele, pois essa é a melhor fase reprodutiva da mulher até os 35 ou 36 anos. Esta é uma clara demonstração de como essa inovadora tecnologia pode viabilizar a realização dos sonhos de ser mãe em qualquer fase da vida”, destaca o diretor da Donare Centro de Reprodução Humana, Paulo Matheus.
A técnica de congelamento de óvulos adotada por Juliette é utilizada desde os anos 80. Porém, antes desse objetivo, ela nasceu com o intuito de preservar a fertilidade durante tratamentos contra o câncer.
Conforme o especialista, o processo induz a ovulação por meio de hormônios. Logo depois é feita a coleta e o congelamento dos óvulos. “É um procedimento tranquilo, geralmente leva cerca de 10 a 14 dias, realizado por ultrassom vaginal, com uma sedação leve. No dia da coleta, a paciente permanece na clínica por cerca de 120 minutos e já pode ir para casa”, destaca.
A possibilidade de dar certo, conforme o especialista, varia e depende de alguns fatores, a exemplo da idade da paciente quando é feita a retirada dos óvulos para congelamento. Além disso, alguns óvulos podem não sobreviver ao processo.
“Contudo, é fundamental compreender que a idade no momento do congelamento desempenha um papel crucial na determinação da viabilidade e eficácia do processo. O ideal é que até os 35 anos ela congele, pois essa é a melhor fase reprodutiva da mulher até os 35 ou 36 anos”, pontua.
O médico explica que, a partir dos 38 anos, a fertilidade começa a diminuir. Com exceção dos casos oncológicos, ele orienta que o congelamento é recomendado para preservar a fertilidade.
Ainda segundo o especialista, acima dos 38 anos, a chance de uma gestação natural é menor, e aumenta a possibilidade de a criança nascer com síndrome cromossômica, como a Síndrome de Down.
Ele ressalta que, após os 40 anos, esses riscos se tornam ainda maiores porque os óvulos envelhecem junto com a mulher e, com a idade cronológica, o ovário também envelhece.
Os óvulos congelados podem ser descartados no futuro, caso a mulher decida não ter filhos, ou ser doado, conforme regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 2021.
“O congelamento de óvulos não é apenas uma opção médica, mas um passo que transcende o tempo, proporcionando autonomia e a liberdade de decidir quando é o momento certo para dar vida aos seus sonhos de maternidade”, concluiu.
Em João Pessoa, a Criovidas vai além da criopreservação. Além desse serviço, o laboratório oferece uma ampla gama de serviços voltados para a saúde masculina, que inclui o espermograma, o processamento seminal, a fragmentação do DNA espermático, a análise de retroejaculação, e o teste de estímulo espermático.
Com assessoria.
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