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Passageiros acusam Gol de overbooking disfarçado

Passageiros acusam a Gol de praticar um "overbooking disfarçado" desde a compra da Varig. A empresa aérea foi notificada pela […]

Passageiros acusam a Gol de praticar um "overbooking disfarçado" desde a compra da Varig. A empresa aérea foi notificada pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) a prestar esclarecimentos sobre o cancelamentos nos vôos e a reacomodação dos passageiros para um vôo com data, horário e até mesmo companhia aérea diferente.

Desde a noite de segunda-feira (2) passageiros de todo país enfrentam problemas de atrasos excessivos e cancelamentos dos vôos. Os transtornos foram provocados pelo fechamento do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo) entre a noite de segunda e a manhã de terça-feira (3) devido a um nevoeiro que prejudicou a visibilidade, de acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos).

Aos passageiros, a Gol atribui os transtornos das reacomodações ao caos aéreo como a mudança da malha aérea. No entanto, a Pro Teste alega que a companhia tem obrigação de oferecer o mesmo serviço e sem mudanças aos passageiros, independente dos transtornos no setor aéreo brasileiro.

Segundo Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste, os passageiros que procuraram a associação informaram que, depois de comprar a passagem e receber o localizador via e-mail comprovante da compra com data, horário, assento e a companhia a ser realizado o vôo, a Gol faz um novo contato com o consumidor por telefone e envia um novo e-mail, informando que o vôo teve de ser cancelado e que o passageiro será acomodado em outro vôo.

"Mas os passageiros não recebem todas as informações no novo localizador. Ou seja, tudo começa novamente. Eles chegam no guichê da Gol, na maioria das vezes, e são informados que têm de procurar o guichê da Varig. Praticamente fazem o check-in duas vezes. Além disso os lugares nem o horário são previamente marcados", afirmou Maria Inês.

De acordo a coordenadora, a prática é questionável e vem ocorrendo desde a compra da Varig pela Gol, no dia 28 de março deste ano. " A prática é abusiva porque a empresa oferece uma coisa e fornece outra", disse Maria Inês.

Além da Gol, a Pro Teste também notificou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), para que a agência tenha conhecimento das denúncias e tome providências. De acordo com Maria Inês, o Ministério Público também receberá um ofício com as denúncias dos passageiros.

A Pro Teste, como entidade civil representante dos consumidores, pode exigir explicações de empresas como a Gol, de acordo com a coordenadora da associação.

Outro lado

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Gol informou que deve se pronunciar ainda nesta quarta-feira.

A reportagem enviou à Anac um e-mail e até a conclusão desta matéria, às 17h15, a assessoria da agência não enviou uma resposta.

Direitos

A recomendação dos órgãos de defesa do consumidor é para que os passageiros prejudicados cobrem seus direitos na Justiça. Para isso, devem guardar notas fiscais de lanches, táxis ou gastos com hospedagem.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) criou uma campanha Apagão aéreo: exija respeito e o fim da crise!. O instituto disponibiliza em seu site um modelo de ação que pode ser preenchido pelo próprio interessado, sem necessidade de auxílio de um advogado.

A Fundação Procon disponibiliza em seu site uma cartilha elaborada em dezembro de 2006 dando orientações ao consumidor. Com quatro páginas, é possível inclusive imprimi-la, dobrá-la e mantê-la na carteira. 

Folha

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