As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa desmentiram nesta terça-feira as informações publicadas na imprensa israelense segundo as quais o grupo tem à sua disposição cerca de cem mulheres prontas para atuar como terroristas suicidas contra Israel e as milícias do Hamas.
Um porta-voz em Gaza das Brigadas de Al-Aqsa, facção ligada ao Fatah, disse à Efe que as “informações são falsas” e que o grupo inclusive rejeita mulheres que hoje em dia pedem armas para participar da resistência.
O miliciano também afirmou que atualmente não há como serem realizadas ações contra o Hamas, posto que ambos os movimentos estão unidos contra Israel.
“Em casos como o atual (a operação israelense contra Gaza), chegamos até a coordenar nossas atuações com outros grupos. Temos um centro de operação conjunto… Os problemas internos acabam superados”, disse o porta-voz do grupo, que recentemente protagonizou violentos enfrentamentos com as milícias do Hamas.
O único inimigo interno agora são os espiões de Israel, afirmou o miliciano, que disse que, quando as facções detectam supostos agentes, entregam seus nomes às autoridades e “dão a elas a oportunidade de atuarem” pela via legal. Se os órgãos competentes não fazem nada, os grupos intervêm executando-o.
Desde que a resistência contra a atual operação israelense começou, a cada dia mais pessoas dispostas a integrarem a luta se apresentam, inclusive mulheres que pedem armas.
Mas nem todos são aceitos, explicou o porta-voz. No caso dos homens, é verificado se eles têm parentes que “sejam mártires”, já que a idéia é evitar que uma mesma família perca dois filhos. No caso das mulheres, elas simplesmente não são aceitas.
Atualmente, acrescentou, há cerca de 300 milicianos lutando no norte de Gaza, aproximadamente 200 nas imediações da capital e uns 150 no sul.
“O que mais dano pode fazer aos israelenses são as minas de fabricação caseira colocadas nas zonas limítrofes. Eles sabem pelos espiões onde as minas estão e, por isso, vê-se nas fotos que eles não se atrevem a sair de seus tanques”, declarou o miliciano.
Quanto a possíveis operações suicidas dentro do território israelense, o porta-voz destacou, sem querer entrar em detalhes, que “neste momento é muito difícil entrar em Israel”.
EFE
Brigadas de Al-Aqsa desmentem dados sobre mulheres suicidas
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