O conflito sobre o Contrato de Primeiro Emprego (CPE) se radicalizou nesta quarta-feira na França com novas manifestações que podem provocar mais enfrentamentos e a volta da violência nos subúrbios. Os estudantes devem descer às ruas na quinta-feira para mais um dia mobilização sob alta tensão. Já os sindicatos estão preparando uma “terça-feira negra” no dia 28 de março com protestos e greves que poderiam paralisar o país.
Enquanto isso, o primeiro-ministro, Dominique de Villepin, permanece inflexível. O ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, o maior adversário de Villepin na direita francesa na perspectiva da eleição presidencial de 2007, lançou uma advertência contra uma retomada da violência nas periferias das grandes cidades francesas, abalada por três semanas de revolta em novembro passado. “Existe o perigo de que essas manifestações estudantis despertem a agitação nos subúrbios, onde a situação permanece extremamente tensa”, alertou Sarkozy em entrevista concedida à revista Paris-Match.
Na localidade pobre de Seine-Saint-Denis, ao norte de Paris, onde iniciaram as violentas manifestações de novembro passado após a morte acidental de dois jovens, incidentes como brigas, apedrejamento de policiais e carros incendiados foram registrados terça e quarta-feira em reuniões de estudantes.
As manifestações contra o CPE tem acabado em confrontos às vezes muito violentos com a polícia, sobretudo em Paris. Um sindicalista, ferido gravemente na noite de sábado em circunstâncias ainda mal explicadas, ainda estava em coma nesta quarta-feira.
Presidente da União por um Movimento Popular (UMP, no poder), Sarkozy pediu ao primeiro-ministro que demonstre mais flexibilidade e pediu “um experimento de seis meses” do CPE, que seria submetido à avaliação. O ministro do Interior descartou a hipótese de uma renúncia do governo, anunciada pela imprensa.<
AFP
Conflito por contrato de emprego se radicaliza na França
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