
Esse processo de queima de artefatos e restos mortais era incomum para a realeza, assim como sua colocação nessa câmara da pirâmide. (foto: Site oficial/Chichén Itzá)
Arqueólogos descobriram recentemente os ossos queimados de pelo menos quatro adultos que provavelmente eram membros de uma linhagem real em um antigo templo-pirâmide maia na Guatemala.
A queima indicava uma profanação deliberada e potencialmente pública de seus restos mortais, de acordo com uma nova pesquisa.
Os ossos oferecem um raro vislumbre da destruição intencional de cadáveres na cultura maia para comemorar uma mudança política dramática.
Todos os restos mortais pertenciam a adultos, e os cientistas identificaram três dos indivíduos do sexo masculino. Dois deles tinham entre 21 e 35 anos e um tinha entre 40 e 60 anos, informaram os pesquisadores na quinta-feira (18) na revista Antiquity.
Entre os ossos havia milhares de objetos queimados — inteiros e em pedaços — incluindo adornos corporais feitos de greenstone (minerais verdes, incluindo jade), pingentes feitos de dentes de mamíferos, contas de conchas, mosaicos e armas. Sua riqueza e abundância indicavam o status real das pessoas na tumba.
Contudo, esse processo de queima de artefatos e restos mortais era incomum para a realeza, assim como sua colocação nessa câmara da pirâmide.
A revelação lançou luz sobre o surgimento de um novo tipo de líder que provavelmente redefiniu o poder durante um período de transformação social, disseram os autores do estudo.