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Yushchenko foi envenenado com dioxina russa ou americana

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O presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, foi envenenado com dioxina produzida em um laboratório da Rússia ou dos Estados Unidos, afirmou hoje Alexandr Medvedko, procurador-geral da Ucrânia.

“A dioxina utilizada apresentava um alto grau de síntese. Essa classe de dioxina só pode ser elaborada por especialistas altamente qualificados”, disse Medvedko, citado pela agência oficial russa Itar-Tass.

O procurador-geral, nomeado em novembro pelo Parlamento, acrescentou que os especialistas capacitados para preparar dioxina sintetizada são encontrados apenas em laboratórios equipados com as mais altas tecnologias, na Rússia ou nos EUA.

Especialistas ucranianos analisam agora amostras de dioxina produzida nesses dois países frente à extraída do organismo de Yushchenko.

Medvedko também indicou que o presidente ucraniano provavelmente foi envenenado “em 5 de setembro de 2004” durante a campanha eleitoral para o pleito presidencial de novembro daquele ano.

Todos os olhares apontam para o SBU, os serviços secretos ucranianos, herdeiros do KGB soviético, já que no último dia 5 fez dois anos que Yushchenko jantou com altos funcionários deste organismo.

Agora, acrescentou Medvedko, “só falta saber e demonstrar quem o fez”.

Segundo as amostras de sangue extraídas pelos médicos, devido ao envenenamento, os níveis de dioxina no sangue do presidente são mil vezes superiores ao índice normal.

O presidente ucraniano se submeteu em novembro do ano passado a uma análise de sangue para cessar qualquer dúvida sobre seu envenenamento com dioxina, substância cancerígena.

Yushchenko, em cujo rosto são visíveis as seqüelas do envenenamento, afirmou em várias ocasiões que seu estado de saúde é bom, embora seu corpo ainda retenha 50% das dioxinas ingeridas.

Em 11 de dezembro de 2004, uma equipe de médicos austríacos que tratou de Yushchenko em Viena confirmou que ele havia sido envenenado com dioxina, substância que lhe foi administrada pela comida.

Quanto ao estado de saúde de Yushchenko, os médicos austríacos asseguraram que “se a dose tivesse sido maior o veneno teria sido mortal”.

O procurador-geral anterior Sviatoslav Piskun foi destituído em outubro por Yushchenko após pôr em dúvida a veracidade do fato de o presidente ter sido envenenado com o objetivo de tirá-lo da corrida eleitoral.


EFE

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